tag:blogger.com,1999:blog-26904060743011742752024-03-20T02:27:59.492-07:00REDACÇÃO 2.3Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-33166020570594878262010-03-13T12:39:00.000-08:002010-03-13T12:46:11.144-08:00Uma história cheia de nada<strong>Num país onde o futebol consegue ser mais importante para a sociedade do que certos problemas sociais, onde se agride e insulta pessoas por um “simples complexo” amor ao clube, há um clube com 112 anos de antiguidade que não tem a visibilidade que seria de esperar. Trata-se do Sport Clube Vianense, fundado em 1898.</strong><br />Por Fábio Lima<br /><br />Não é um clube que vence tudo o que há para vencer numa época, não é um clube que arraste consigo multidões, não enche estádios e muito menos atinge receitas na casa dos milhões. Mas é um clube histórico, 112 anos de existência, apenas coroados de uma história cheia de nada, um vazio de títulos que em nada se coaduna com a história e tradição que devia ter.<br /><br />Fundado em 1898, o Sport Clube Vianense nasceu impulsionado por um grupo de personalidades vianenses que se juntou com o intuito de criar uma instituição que promovesse o desporto na cidade. A criação do Sport Clube Vianense «vai estabelecer nesta cidade um grémio para desenvolvimento daqueles e outros géneros de desporto (…) que, nos últimos tempos, têm tomado entre nós um verdadeiro entusiasmo», podia ler-se no primeiro manifesto do clube, no dia em que foi apresentado aos populares. Nesse primeiro acto, 75 sócios ficaram inscritos. As vertentes mais importantes na altura eram o desporto velocipédico e o náutico, este último intimamente ligado às raízes da cidade, uma cidade piscatória. Aliás, durante muitos anos no século XX, o clube era entendido como sendo «o clube dos pescadores», onde o bairrismo e a devoção ao clube eram reais.<br /><br />Agora, em pleno século XXI, o clube está abandonado pelos seus e, por vezes, nem uma dezena de espectadores o Estádio Dr. José de Matos tem nos jogos caseiros. Durante os jogos, quer a equipa esteja a ganhar por 1-0 ou por 5-0 o aspecto é igual, um silêncio sepulcral. Não há vontade, nem sentimento para apoiar o clube, para gritar por um momento que seja “Vianense!”. Quem acompanha a carreira do clube, certamente se recorda da temporada de 2007/2008, quando o Sport Clube Vianense atingiu um lugar de subida à 2ª Divisão Nacional. Num cenário raro para o clube minhoto, mais de três centenas de pessoas estavam a assistir ao jogo e via-se ânimo e vontade de apoiar, mas para quê? Um ano depois, o estádio volta a estar vazio e os jogadores entregues aos seus próprios incentivos interiores. Se muitos vianenses soubessem que apenas três equipas da Liga Sagres (FC Porto, Naval 1º de Maio e Académica de Coimbra) são mais antigas que o clube da sua terra, talvez a situação fosse diferente?<br /><br />Marco Alexandre, capitão da equipa sénior, é um dos jogadores em quem os – poucos – vianenses que vêm os jogos mais esperam que faça a diferença. O médio natural da cidade do Rio Lima, falou-nos do que sente em ser capitão do clube que da sua terra. «É um grande orgulho, é uma grande responsabilidade. Nasci aqui em Viana do Castelo e fiz a minha formação toda no Vianense e é com grande orgulho que estou a capitanear esta equipa». «Enquanto jogador também sinto esse orgulho. Quando comecei nos infantis, como todos os miúdos que começam a jogar futebol, o sonho é jogar pela equipa principal. Eu não fugi à regra e consegui esse objectivo. Depois entretanto tive umas saídas para outros clubes mas acabei por regressar e deve ser aqui que vou acabar a carreira», finaliza o jogador de 32 anos que já esteve vinculado ao Sporting de Braga.<br /><br />Também Rogério Brito, ex-jogador do clube, agora treinador da formação minhota confirma-nos que o facto de treinar as cores da equipa que o viu nascer para o futebol é um marco muito importante. «Sinto muito orgulho em ser o treinador do Sport Clube Vianense porque foi uma casa onde eu cresci. Cheguei cá com oito anos, foi aqui que me formei enquanto jogador, e também foi aqui que além de ter tido a oportunidade de ser atleta de alta competição nos clubes onde passei, foi aqui também que tive oportunidade de ser treinador principal.»<br /><br />O treinador de 33 anos, que chegou a alinhar nos primo-divisionários Estrela da Amadora e Belenenses garante que as metas para esta época estão bem alinhavadas, e o clube deve manter-se onde está. «Eu acho que o clube tem o que é preciso para subir mais alto, mas é uma tarefa muito difícil. Não é pelo orçamento em si, mas sim pela juventude que temos no plantel. E as equipas que estão neste campeonato são equipas muito experientes, equipas com orçamentos muito elevados, e consequentemente conseguem ter jogadores com outra maturidade, com outra matreirice. Jogadores que conhecem esta e outras divisões, e isso é um factor que joga contra nós. Apesar disso e apesar de alguns dos jogadores que aqui temos ainda estarem em período de formação, eles têm talento e isso pode-se comprovar na nossa classificação ao momento. Mas o principal objectivo visa garantir a manutenção.»<br /><br />Opinião semelhante tem o Vice-Presidente do clube Pedro Xavier que afirma que «o Sport Clube Vianense na 2ª Divisão vai querer manter-se no final desta época. De qualquer das formas este é um projecto que tem vindo a ser cimentado desde há três anos, desde que esta direcção chegou a este clube, apanhamos o clube numa situação muito delicada em termos financeiros e desportivos. Recordo-me que a equipa de futebol Sénior estar a lutar para não descer aos Campeonatos Distritais, depois conseguimos encaminhar as coisas e manter uma posição na 3ª Divisão nacional durante as duas primeiras épocas e depois conseguimos alcançar a subida à 2ª Divisão. De qualquer das formas, é na 2ª Divisão que o Sport Clube Vianense se deve manter até porque a cidade não oferece mais garantias para que possamos sonhar com outros patamares. O grande objectivo passa por manter esta equipa durante bastantes anos na 2ª Divisão.»<br /><br />No meio de tanta falta de história, o momento mais alto que o clube viveu foi em 1999, quando o Vianense foi campeão nacional da 3ª Divisão. Joaquim Lavarinhas, funcionário no clube há mais de 35 anos recorda-nos com emoção esses momentos, vividos na fila da frente, sempre a lutar pelo melhor para o clube. «Na Figueira da Foz houve uma coisa muito bonita, a cidade juntou-se com o clube, apoiando-o até ao último momento para sermos campeões da 3ª Divisão Nacional. Depois disso prometeu-se tudo e mais alguma coisa, mas essas promessas nunca foram cumpridas. Prometeram ajudar o Sport Clube Vianense e o Vianense continua a não ser ajudado por quem prometeu. Foi uma festa muito bonita, eu próprio estive envolvido na festa pois criei uma claque composta maioritariamente por jovens que foi até à Figueira da Foz para apoiar o Sport Clube Vianense. Foram muitos autocarros, muitos carros, tudo para festejar o grande dia do Sport Clube Vianense. Porque é mesmo um grande dia, foi a primeira vez em muitos anos em que o Vianense conquistou o título da 3ª Divisão Nacional. Recordo-me de estar na Praça da República a festejar a conquista, com muito fogo-de-artifício. Só que eu continuo a achar a mesma coisa ao fim de 35 anos: é muito bonito ver essas coisas todas, mas o apoio ao Sport Clube Vianense é muito fraquinho. Eu esperava que a nível de entidades fosse dado um apoio digno ao Vianense se querem, pelo menos, um Vianense na 2ª Divisão de Honra (Liga Vitalis).»<br /><br />Uma das questões que se colocam mais quando se fala na falta de apoios e também na consequente pequena dimensão do clube prende-se com o baixo poder de compra dos cidadãos do distrito do Alto Minho. De acordo com os últimos dados fornecidos pelo INE em 2007, o distrito do Alto Minho possui apenas 1,688% da percentagem nacional de poder de compra, tendo menos de metade do poder de compra do distrito vizinho, do Baixo Cávado. Aliás, apenas Trás-os-Montes consegue atingir níveis mais baixos que os minhotos. É neste ponto que Pedro Xavier toca quando fala da falta de apoios do clube, apesar de considerar que a falta de interesse das pessoas em apoiar o clube também seja um dos entraves. «O problema de o clube não poder ambicionar a subida é a falta de apoios. Como se sabe, o distrito de Viana do Castelo é dos mais pobres do país, e além disso não há apoios suficientes. A Câmara Municipal não dá o apoio necessário, sabemos que são muitas colectividades mas temos que ter consciência que o Sport Clube Vianense já tem 112 anos e dessa forma pensamos que devia ser mais apoiado. Porque, como se sabe, o futebol é uma máquina que gera movimento, nomeadamente de gente, e a cidade precisa disso: gente, movimento... Para que possa crescer. E o Sport Clube Vianense devia ser uma rampa de lançamento para que esse movimento na cidade pudesse crescer, não acontece assim, a Camara não apoia, o povo não está muito interessado. E o facto de o poder de compra das pessoas ser muito baixo faz também com que o clube não possa ir mais além.»<br /><br />«Lembro-me da primeira vez que cheguei ao balneário dos Seniores tive que me equipar à parte dos elementos mais velhos. Eu tinha apenas dezassete anos, na altura estávamos na 3ª Divisão, recordo-me que o treinador era o Mister Jorge Regadas, para esse treino fui eu e outros dois colegas. Quando chegamos ao balneário, batemos à porta, cumprimentamos os restantes e quando entramos lá para dentro, meteram-nos meia hora ali de pé à espera que eles se acabassem de equipar e depois fomos nós. Como miúdos tivemos que aceitar», é assim que Rogério Brito recorda um dos muitos momentos que viveu no Sport Clube Vianense, um clube que apesar de já ter conhecido 3 séculos, continua a ser uma incógnita, deixando ainda mais longe Viana do Castelo das demais capitais de distrito do Litoral. Em termos desportivos, a tendência tem-se alterado com a recente ascensão da formação da Juventude de Viana no Hóquei em Patins, mas o futebol é o desporto-rei e se as instituições tivessem os apoios mais sérios, talvez Viana do Castelo pudesse ter uma dimensão desportiva e mesmo social bem mais elevada da que se verifica neste momento.<br /><br />Assiste-se no Distrito de Viana do Castelo ao desaparecimento progressivo de alguns clubes míticos, como é exemplo o Atlético de Valdevez, que após a falta de apoio tanto camarário como de entidades, acabou por cessar funções em Janeiro deste ano. É um cenário negro para um distrito que já respirou mais livremente em termos económicos.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-89298726972981211162010-03-13T12:12:00.000-08:002010-03-13T12:36:42.085-08:00«PROCURA-SE EMPREGO»<strong>Divulgação de número de desempregados no país relança no novo ano o debate acerca das medidas a serem tomadas</strong><br />Por Vanessa Costa<br /><br />Pouco passava das dezoito horas da tarde quando a primeira pessoa chegou. Aos poucos foram chegando mais algumas, apetrechadas de mantimentos, que acabaram por ocupar e passar a noite nos bancos situados em frente ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Albufeira. O motivo? Garantir a possibilidade de atendimento. E nem mesmo uma noite de espera o assegurou: «após ter passado uma noite ao relento, ainda assim não consegui ser atendida durante o dia», confessa uma das utentes. «Terei de passar cá a noite outra vez», revelou enquanto esperava que um dos seus filhos lhe trouxesse algo para comer.<br /><br />Esta situação durou cerca de três dias, no início do mês de Novembro de 2009. Embora esta seja a altura do ano em que a maioria dos locais relacionados com a hotelaria e a restauração no Algarve encerra as suas actividades, o número de pessoas desempregadas tem aumentado drasticamente não apenas nesta região mas em todo o país, afectando praticamente todas as profissões.<br /><br /><strong>Record batido em 2009</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFsdkVJuYhpko0g_bfuT5yw9ABUJNx-lVy39LJhyphenhyphenefKNETWrUERP7-DQXu4X8HUgX3hJe-CZngAhvScKxE9IMI35PuBoQExDtrMOONExa50ipqz1QUGoBhOwd_8CtJbGB_kYDFQVDnWss/s1600-h/A+Fradinho+desemprego.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 151px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5448218240403271138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFsdkVJuYhpko0g_bfuT5yw9ABUJNx-lVy39LJhyphenhyphenefKNETWrUERP7-DQXu4X8HUgX3hJe-CZngAhvScKxE9IMI35PuBoQExDtrMOONExa50ipqz1QUGoBhOwd_8CtJbGB_kYDFQVDnWss/s200/A+Fradinho+desemprego.JPG" /></a>Desempregado, Carlos Fradinho considera a possibilidade de vender os seus trabalhos artísticos para amenizar as dificuldades a nível financeiro.Em Portugal, o desemprego mostra-se imparável e Carlos Fradinho, 42 anos de idade e residente em Albufeira, não escapou à onda de despedimentos que se alastra pelo território português. Desempregado há três meses, Carlos faz parte das cerca de 564 mil pessoas desempregadas no país, número atingido em Novembro de 2009 (mais 129 mil que no ano anterior). Este é o valor mais elevado desde 1983, desde que começaram os registos.<br />Um recente relatório da Eurostat revelou que a taxa de desemprego se situou nos 10,3% no décimo primeiro mês do ano passado, contra 10% na Zona Euro e nos EUA. Esta estimativa teve em conta os dados do Instituto Nacional de Estatística que aponta uma taxa de desemprego de 9,8% no terceiro trimestre de 2009, e os dados do IEFP que, ao longo do mês de Novembro, registou a inscrição de mais de 61 mil novos desempregados.<br /><br />O presidente do IEFP, Francisco Madelino, admitiu que é provável que esta taxa não desça antes de meados de 2010. Ainda menos positiva é a posição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico que prevê que o desemprego possa atingir os 11,7% (650 mil pessoas) no final de 2010.<br /><br />É a «primeira vez que me encontro no desemprego, desde que comecei a minha vida profissional há cerca de 25 anos», numa carreira construída essencialmente como cozinheiro, revela Carlos. Considera que a situação do desemprego a nível nacional «não verá melhoras nos próximos tempos» e, na sua opinião, «vai acontecer o que aconteceu na Grécia, onde o estado entrou em falência e agora está dependente das ajudas técnicas do Fundo Monetário Internacional [FMI]».<br /><br />Recorde-se que a situação financeira da Grécia, que se apresenta como a pior dos 27 países da União Europeia e cujo défice orçamental se situava em 12,7% do PIB em 2009, está a gerar preocupação nos restantes Estados-membros da União Europeia relativamente ao agravamento da crise na Zona Euro. Uma equipa do FMI foi enviada ao sul da península balcânica no dia 13 de Janeiro para examinar a eventualidade de assistência ao Governo grego na reforma da segurança social, política fiscal, administração fiscal e gestão do orçamento.<br /><br />O Eurostat estimou ainda a existência de 89 mil desempregados com menos de 25 anos em Portugal. O secretário de Estado do Emprego Valter Lemos salientou o facto da taxa de desemprego jovem se situar nos 18,8%, abaixo da média da Zona Euro (21%) ou da UE (21,4%), facto que atribui às iniciativas de apoio ao emprego.<br /><br />Valter Lemos lamentou ainda que o desemprego em Portugal tenha atingido um novo máximo no mês de Novembro, mas ressalvou a descida no ranking em relação à média dos países europeus. Portugal desceu do quinto para o sexto país entre os 27 da UE com mais desemprego. As taxas de desemprego da Letónia (22,3%), Espanha (19,4%), Irlanda (12,9%), Eslováquia (13,6%) e Hungria (10,8%) superam a taxa portuguesa.<br /><br />Hoje, há quase 22,9 milhões de desempregados na UE, sendo 15,7 milhões deles apenas na Zona Euro, valor mais elevado de desemprego na Europa desde Janeiro de 2000. A CGTP chamou também a atenção para o facto da taxa de desemprego das mulheres (11%) estar acima da dos homens (9,7%) e da média feminina da UE (9,2%). Em Portugal, existem actualmente 170 mil desempregados que não recebem qualquer subsídio.<br /><br /><strong>«Iniciativa Emprego 2010»</strong><br /><br />Apontando a «crise económica» e a «pouca flexibilidade nas empresas» como as principais razões para a crescente taxa de desemprego em Portugal, Carlos Fradinho refere que o «Estado não tem feito tudo ao seu alcance para tentar combater esta situação» e «que deveria apostar em ajudas técnicas às empresas».<br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5448218695026755426" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2lV51hD03SG2j7_sJbjcubCQs1KHcQ1h5TSi8tI9f_2ClCp7zdUoN7KPSfFfA4QD4r-bP2jTnY-OMbF74RJbOWGHCjQ0zizryFxqZxAwWZw6NKlm89q-m_3uKzl88WUk9B8k5e3YxmIg/s200/Iniciativa+emprego.JPG" /><br />O Governo decidiu, a 14 de Janeiro, aprovar algumas medidas de apoio aos desempregados. Neste sentido, o Conselho de Ministros aprovou a «Iniciativa Emprego 2010», que deverá abranger 760 mil pessoas e representará um custo de 500 milhões de euros, envolvendo 17 medidas que visam assegurar a manutenção de postos de trabalho, incentivar a inserção de jovens no mercado de trabalho, criar emprego e combater o desemprego.<br /><br />Este pacote de medidas de apoio à criação de emprego inclui incentivos como um programa de estágios para desempregados não subsidiados com comparticipações reforçadas e o pagamento directo de 2500 euros às empresas que os contratarem. No entanto, este programa destina-se apenas a desempregados não subsidiados acima de 35 anos, que tenham concluído o ensino básico ou secundário por via das Novas Oportunidades ou que sejam licenciados.<br /><br />Também consta da «Iniciativa Emprego 2010» a criação do novo programa de estágios e de apoios à contratação para jovens de cursos profissionais ou tecnológicos, a oferta de apoios financeiros e isenção na taxa de Segurança Social, e aprovação de um Decreto-Lei que alarga «por um período de seis meses, a atribuição do subsídio social de desemprego inicial ou subsequente ao subsídio de desemprego que cesse no decurso do ano de 2010».<br /><br />No final de Setembro do ano passado, os dados sobre o cumprimento da «Iniciativa Emprego 2009» mostraram que os apoios à contratação sem termo e à redução da precariedade entre adultos e grupos específicos abrangeram apenas 644 pessoas, em vez das 12 mil previstas. Já os apoios aos jovens abrangeram 5.500 pessoas, face às 20 mil prenunciadas.<br /><br />O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, defendeu que o futuro Orçamento do Estado (OE) tem também de ser uma arma para vencer o «grande gigante que se apoderou da nossa sociedade que é o desemprego», considerando que «o objectivo principal e primeiro e para já é criar as condições para vencermos o desemprego gerando novos postos de trabalho».<br /><br /><strong>Licenciados não são excepção</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUOHLKRNczusai6FytyIErR4blElrDwcEO5tnRbxD7pvKOqCgbbqC5kKP7EXHeoKAVSQMi6QMFBNMpMHk7Lrpmo1oRr9hJL5ky2G_Rl2H_t5RqN1mbdeIcYC5sbvqJ1K2NZRDTbsZlzTg/s1600-h/canudo.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 135px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5448219476099522322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUOHLKRNczusai6FytyIErR4blElrDwcEO5tnRbxD7pvKOqCgbbqC5kKP7EXHeoKAVSQMi6QMFBNMpMHk7Lrpmo1oRr9hJL5ky2G_Rl2H_t5RqN1mbdeIcYC5sbvqJ1K2NZRDTbsZlzTg/s200/canudo.JPG" /></a>Segundo dados do IEFP, Portugal tinha 42.800 licenciados no desemprego no final do segundo semestre de 2009, registando um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Os cursos com mais alunos inscritos como Gestão, Direito ou Psicologia são os que apresentam as maiores taxas de desemprego. Um cruzamento dos dados do Ministério do Ensino Superior e do IEFP concluiu que oito dos quinze cursos mais frequentados em Portugal patenteiam os índices mais elevados de desemprego. Segundo os dados de Junho de 2009 do IEFP, as Ciências Empresariais apresentam-se como a área profissional com a mais alta taxa de desemprego (19,9%). O último relatório semestral do IEFP revela no 1.º semestre de 2009 os centros de emprego colocaram 1418 desempregados com o ensino superior, ou seja, 236 por mês.<br /><br />Muitos são também aqueles que, ao verem a procura por um emprego relacionado com os seus cursos superiores revelar-se um insucesso, têm de aceitar empregos fora das suas áreas de formação. Este é também o caso de Carla Pinto, 30 anos e residente no Porto. Licenciada em Engenharia Alimentar há 7 anos, até hoje apenas conseguiu trabalhar na sua área «durante cerca de quatro anos». Actualmente trabalha como assistente no stand de automóveis administrado pelo pai, pois não consegue «arranjar trabalho na área da Engenharia Alimentar». «Claro que preferia ter um emprego na área em que me formei, mas também não posso ficar parada. As facturas para pagar também não param de chegar ao fim do mês…», revela Carla.<br /><br />Salientando que «o “canudo” não é sinónimo de garantia de emprego», o discurso de Carla mostra que, hoje em dia, há cada vez mais um dilema entre a vocação e a estabilidade financeira.<br />A escassez de oportunidades leva também a que muitos dos jovens portugueses partam para outros países em busca de emprego.<br /><br /><strong>Angola: Uma solução?</strong><br /><strong></strong><br />Hoje, os dias de Carlos Fradinho são divididos entre os trabalhos artísticos que faz como hobby e a procura de emprego. Embora admita que nesta procura se tem cingido à sua área, confessa também que não põe de parte a possibilidade de tentar arranjar emprego noutra região ou país.<br />«Principalmente no estrangeiro, Angola. Apresenta boas oportunidades profissionais e financeiras», refere.<br /><br />A verdade é que nos últimos anos, com o desemprego a aumentar em Portugal, muitos são os portugueses que decidem ir ou retornar a Angola, tentando alcançar a estabilidade financeira que aqui lhes foge das mãos.<br /><br />« [Angola] está no princípio do seu desenvolvimento», refere Belmiro de Azevedo.Belmiro de Azevedo é um dos que defende a importância de Angola para o combate ao desemprego em Portugal como destino de emigração, opinando que este é «seguramente um país que pode atrair muitas pessoas. Está no princípio do seu desenvolvimento e como tal dispõe de muitos empregos e não precisa de trabalho muito qualificado».<br /><br />Ainda que Daniel Bessa, ex-ministro de António Guterres, partilhe a mesma opinião, este lembra ainda que Angola é apesar de tudo «um lugar de risco».Muitos são também aqueles que, ao verem a procura por um emprego relacionado com os seus cursos superiores revelar-se um insucesso, têm de aceitar empregos fora das suas áreas de formação. Este é também o caso de Carla Pinto, 30 anos e residente no Porto. Licenciada em Engenharia Alimentar há 7 anos, até hoje apenas conseguiu trabalhar na sua área «durante cerca de quatro anos». Actualmente trabalha como assistente no stand de automóveis administrado pelo pai, pois não consegue «arranjar trabalho na área da Engenharia Alimentar». «Claro que preferia ter um emprego na área em que me formei, mas também não posso ficar parada. As facturas para pagar também não param de chegar ao fim do mês…», revela Carla.<br /><br />Salientando que «o “canudo” não é sinónimo de garantia de emprego», o discurso de Carla mostra que, hoje em dia, há cada vez mais um dilema entre a vocação e a estabilidade financeira.<br />A escassez de oportunidades leva também a que muitos dos jovens portugueses partam para outros países em busca de emprego.<br /><br /><strong>Angola: Uma solução?</strong><br /><strong></strong><br />Hoje, os dias de Carlos Fradinho são divididos entre os trabalhos artísticos que faz como hobby e a procura de emprego. Embora admita que nesta procura se tem cingido à sua área, confessa também que não põe de parte a possibilidade de tentar arranjar emprego noutra região ou país.<br />«Principalmente no estrangeiro, Angola. Apresenta boas oportunidades profissionais e financeiras», refere.<br /><br />A verdade é que nos últimos anos, com o desemprego a aumentar em Portugal, muitos são os portugueses que decidem ir ou retornar a Angola, tentando alcançar a estabilidade financeira que aqui lhes foge das mãos.<br /><br />« [Angola] está no princípio do seu desenvolvimento», refere Belmiro de Azevedo.Belmiro de Azevedo é um dos que defende a importância de Angola para o combate ao desemprego em Portugal como destino de emigração, opinando que este é «seguramente um país que pode atrair muitas pessoas. Está no princípio do seu desenvolvimento e como tal dispõe de muitos empregos e não precisa de trabalho muito qualificado».<br /><br />Ainda que Daniel Bessa, ex-ministro de António Guterres, partilhe a mesma opinião, este lembra ainda que Angola é apesar de tudo «um lugar de risco».Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-25046592504706094212010-03-07T11:54:00.000-08:002010-03-13T12:12:07.759-08:00«Caça-talentos» predominam no mundo virtual<span style="color:#ffffff;"><strong>São cada vez mais os programas virtuais em pleno século XXI. Portugal não é excepção</strong><br />Reportagem por Ivan Cordeiro<br /></span><div><div><br /><br /><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh23MPNHiNlr7Guf3LwLQljkPDW7NY-b0M0oKsv6ehoEVOaUQrxDPl-t1CXdn5L5Q8FKF5Fiq5fgorpDeyDUtLsULZiYfFa6R9BtkySuYwCTzbRX2DAzI5sK32rYpBbE7Uf5KXR-HjtSt8/s1600-h/VirtualIdols.JPG"><span style="color:#ffffff;"><img style="WIDTH: 200px; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445987785968749906" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh23MPNHiNlr7Guf3LwLQljkPDW7NY-b0M0oKsv6ehoEVOaUQrxDPl-t1CXdn5L5Q8FKF5Fiq5fgorpDeyDUtLsULZiYfFa6R9BtkySuYwCTzbRX2DAzI5sK32rYpBbE7Uf5KXR-HjtSt8/s200/VirtualIdols.JPG" /></span></a></p><br /><br /><br /><br /><div><span style="color:#ffffff;">O mundo virtual </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_2; mso-comment-date: 20100307T1934"><span style="color:#ffffff;">acolheu</span></a><span style="color:#ffffff;"> estes novos formatos de concursos que têm conseguido a adesão da população cibernauta portuguesa mais jovem.<strong> </strong>Os <em>reality shows</em>, programas televisivos baseados na vida real, estrearam-se na televisão portuguesa a partir do 2.º milénio. Programas como «Operação Triunfo», «Big Brother» e «Survivors» alimentaram audiências em todo o mundo, inspirando os cibernautas a realizar programas virtuais com base nesses <em>reality shows</em>.<br /><br />Em Portugal, a maioria desses programas virtuais possui uma tendência musical, com o intuito de lançar ao </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_4; mso-comment-date: 20100307T1936"><span style="color:#ffffff;">mundo do espectáculo cibernético</span></a><span style="color:#ffffff;"> vozes que se destaquem.<br /><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBwEPvJYLQFVlpxIrfzy4OZX5e9bP4eYlLu4BKw3tzyxqkyB_LDpUBriV1qUQbmRcceXEt4PCpKonwVY2pWjeK8IflycW-Hw2x5ezlNop0x4XkfCSYXN-1ISqfCmEU76RJK1qEpAJFRIU/s1600-h/IdolsInternet.JPG"><span style="color:#ffffff;"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 143px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445989767167704402" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBwEPvJYLQFVlpxIrfzy4OZX5e9bP4eYlLu4BKw3tzyxqkyB_LDpUBriV1qUQbmRcceXEt4PCpKonwVY2pWjeK8IflycW-Hw2x5ezlNop0x4XkfCSYXN-1ISqfCmEU76RJK1qEpAJFRIU/s200/IdolsInternet.JPG" /></span></a><span style="color:#ffffff;">O primeiro concurso virtual em formato musical a estrear em solo </span></div><br /><br /><div><span style="color:#ffffff;">«luso-cibernético» foi a Operação Triunfo Virtual, produzida por Ricardo Ferreira, que contou com quatro edições. A primeira edição teve início em 2002 e contou com uma adesão favorável, não só pela divulgação em redes sociais, como também pelo facto de o concurso acompanhar o programa televisivo «Operação Triunfo» na RTP. </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_10; mso-comment-date: 20100307T1938"><span style="color:#ffffff;">Perante tamanha</span></a><span style="color:#ffffff;"> adesão, o concurso ganhou um pequeno espaço numa publicação da revista «TV 7 Dias».<br /><br />«Encarei a minha participação como uma forma de me divertir e aprender com os outros», afirma Cheila Ferreira, vencedora da primeira edição da Operação Triunfo Virtual. A segunda edição, realizada em 2003, cresceu em termos de visitas cibernéticas, </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_11; mso-comment-date: 20100307T1939"><span style="color:#ffffff;">tendo</span></a><span style="color:#ffffff;"> tido como vencedor o concorrente Frederico Teixeira. </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_12; mso-comment-date: 20100307T1939"><span style="color:#ffffff;">Já</span></a><span style="color:#ffffff;"> em 2004, a produção e os jurados decidiram juntar os finalistas da 2ª e 3ª edição para competirem por um lugar ao sol musical neste mundo virtual. Com as audiências virtuais sempre em crescimento, o vencedor da «Operação Triunfo Virtual novamente o jovem Francisco Teixeira.<br /><br />A tendência de crescimento de audiências atingiu o seu pico com a quarta e última edição no ano seguinte, em que a qualidade do programa e a qualidade vocal se verificaram os mais conceituados. Sobre a sua participação, Catarina Ferreira, a vencedora, confessa: «Sinto-me lisonjeada por ter feito parte desta família. Conheci várias pessoas e foram vários os momentos, não só os musicais, mas os de convívio e alegria por que passámos. Uma experiência inovadora e criativa que ficará sempre guardada num cantinho próprio».<br /><br /></span><a style="mso-comment-reference: Ndu_15; mso-comment-date: 20100307T1942"><span style="color:#ffffff;">Entre</span></a><span style="color:#ffffff;"> os intervalos da «Operação Triunfo Virtual», Ricardo Ferreira </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_16; mso-comment-date: 20100307T1942"><span style="color:#ffffff;">foi</span></a><span style="color:#ffffff;"> produzindo outros concursos, tais como «Soul Survivors» (2004) e «Big Brother Revolutions» (2005), com a pareceria de Paulo Tavares neste último. «Para não saturar o público, decidi agarrar noutro tipo de formato. Agarrei a ideia do formato base do Big Brother da televisão, tentei modificar e acrescentar algumas regras base para que fosse mais apelativo e consistisse num desafio diferente», </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_17; mso-comment-date: 20100307T1942"><span style="color:#ffffff;">explica</span></a><span style="color:#ffffff;"> Ricardo.<br /><br />Em 2006 e 2007 surgiram, respectivamente, outros dois importantes concursos virtuais: «Pulsações», com a produção de André Martins e Paulo Tavares e a «Casa 203», de Ricardo Ferreira. Este produtor virtual planeou outro projecto em Setembro do mesmo ano intitulado de «DreamStars», um concurso de novo virado para a música e desempenho vocal. O vencedor da primeira edição foi João Martins. Quanto ao arranque da segunda edição de «DreamStars», em Setembro de 2008, foi planeado por Paulo Tavares, acabando por obter a parceria de Ricardo Ferreira, no qual Joana Perez foi a voz vencedora. O «DreamStars» </span><a style="mso-comment-reference: Ndu_18; mso-comment-date: 20100307T1943"><span style="color:#ffffff;">registou</span></a><span style="color:#ffffff;"> perto de 40 mil acessos a ambos os seus <em>sites</em>, que contribuíram para os perto de 7 mil visitantes aos perfis do Youtube de ambas as edições».<br /><br />De regresso às produções virtuais, 2009 trouxe consigo o concurso «Live Idols», no momento em que a segunda edição do programa «Ídolos» da SIC se encontrava em fase de castings. Apareceram então novos nomes nesta nova produção, João Gomes e Martinho Ferreira. «... conheci o Martinho Ferreira (actual co-produtor, jurado e apresentador) e descobri o seu interesse pelos concursos online. Ele já tinha participado em alguns, mas de língua espanhola. A certa altura apresentou-me um concurso espanhol chamado «Operación Triunfo Virtual» e eu, apaixonado pela música, pensei que um formato daquele género seria algo a que o nosso país pudesse achar algum interesse. Até porque 2009 foi um ano recheado de música em termos de Televisão», explica João Gomes, cujo balanço da primeira edição considera positivo. «Tivemos uns concorrentes excelentes e com grandes talentos para mostrar. Conseguimos mesmo um prémio de «Melhor Casting» pela revista espanhola «Sálvame», acrescenta. O vencedor desta primeira edição do «Live Idols», Diogo Pinto, irá lançar um single com o apoio do programa.<br /><br />João Gomes e Martinho Ferreira pretendem continuar a investir neste tipo de formatos com a segunda e recente edição. «Neste momento estamos em fase de <em>castings</em> e já ultrapassámos o número de candidatos da primeira edição, o que é muito bom sinal. Também renovámos a nossa imagem, vamos fazer novas regras para que seja tudo mais justo e esperamos que corra tudo tão bem ou melhor que a edição passada, que já deixa saudades». Acrescenta igualmente que o «Live Idols» já tem pedidos de «nuestros hermanos» para concorrer a esta edição que se avizinha já este ano.<br /><br />Todo este ciclo vicioso que continua a percorrer o seu caminho em formato musical, não deixa margem para dúvidas. Uma grande aposta em território virtual português.<br /></span><a name="_msocom_1"></a><br /><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7li2TEMoJEChb7F5SYKjAbkGVCrIJpiJNnvCMd8nrE_A33jaidmNPSHCmdFZM6bFW0HYKLKgxW2I2IY4dvYKn-t7nWwiLbTV8oc6yWuImm0KkeGKP9q0DiOmCjZXnMEpdQDl6_mjIDEs/s1600-h/RFIdols.JPG"><span style="color:#ffffff;"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 124px; FLOAT: right; HEIGHT: 158px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445990951299801954" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7li2TEMoJEChb7F5SYKjAbkGVCrIJpiJNnvCMd8nrE_A33jaidmNPSHCmdFZM6bFW0HYKLKgxW2I2IY4dvYKn-t7nWwiLbTV8oc6yWuImm0KkeGKP9q0DiOmCjZXnMEpdQDl6_mjIDEs/s200/RFIdols.JPG" /></span></a><span style="color:#ffffff;">Ricardo Ferreira, produtor e jurado: «Os formatos musicais não são mais que uma adaptação dos concursos existentes na televisão»</span></strong><span style="color:#ffffff;"><br /><br />Redacção 2.3: Quando é que nasceu o interesse e empenho referente a este tipo de projectos?<br /><br />Ricardo Ferreira: Acho que sempre gostei deste tipo de projectos. Lembro-me que na altura do «Big Brother Virtual» do Brasil, do qual fui participante, delirei com a ideia. Pouco depois surgiu em Portugal o «Irmãozão», um formato autenticamente «BB» muito mais sofisticado e tornei a adorar a ideia. Tudo isto foi logo desde o ano 2000. Em 2001 comecei a produzir. Penso que os talk shows que têm passado pela TV têm sido importantes, no sentido em que nos despertam interesse para os relançar também neste nosso cantinho. Os formatos musicais têm sido de longe os mais interessantes.<br /><br />Redacção 2.3: Como funcionam propriamente estes formatos musicais?<br /><br />Ricardo Ferreira: Os formatos musicais não são mais que uma adaptação dos concursos existentes na televisão («Ídolos», «Operação Triunfo», «Academia de Estrelas», ...) ao mundo virtual. Partindo dessa adaptação, moldámos o formato consoante os mais diversos factores, que passam obviamente pela disposição de alguns hardwares que são indispensáveis para uma devida e activa intervenção nos programas, nomeadamente possuir microfones, webcam's e alguma disponibilidade. Quer na «OTV», quer posteriormente no «DreamStars», o fundamento passava pela distribuição de músicas semanalmente, por cada concorrente, que viriam a consistir em galas, geralmente temáticas (música portuguesa, bandas sonoras, rock/pop, Disney...). Tal como nos formatos originais, um elenco de jurados, previamente seleccionado, atribuía notas consoante as interpretações e desempenhos. Os prazos de entrega das músicas eram previamente estipulados e caso não fossem respeitados seriam fortemente sancionados. Os menos «notados» pelos jurados eram nomeados e ao público cabia o direito de salvar o seu preferido dos nomeados. Todas as semanas, um concorrente saía até se encontrar um vencedor. Este foi o processo imposto desde o princípio, ao qual, obviamente, tive de efectuar algumas mudanças no decorrer das edições (as 4 da «OTV» e as 2 do «DS»), não só para aguçar o gosto pelo formato da parte de quem o seguia e acompanhava fielmente, como para trazer alguma inovação e factores atractivos também aos que neles participavam.<br /><br /><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTBJznHtbJqY76L00d69IMXoYAMm42c9c2evEKUESAkVTtxc5eOaMtZj_mAhdQUFTQM4svQs95MF2q8fTvW7qCZ3YAQ45_vFWjqcO3hSg63cQYf3Z8kfZ0d1V0jizRBiB2g0-nXAvKfRA/s1600-h/JGIdols.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 140px; FLOAT: left; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445991441958616210" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTBJznHtbJqY76L00d69IMXoYAMm42c9c2evEKUESAkVTtxc5eOaMtZj_mAhdQUFTQM4svQs95MF2q8fTvW7qCZ3YAQ45_vFWjqcO3hSg63cQYf3Z8kfZ0d1V0jizRBiB2g0-nXAvKfRA/s200/JGIdols.JPG" /></a>João Gomes, produtor, jurado e web designer: «Ver a pessoa a actuar»</strong><br /><br />Redacção 2.3: Como surgiu este projecto?<br /><br />João Gomes: Tudo começou quando conheci o Martinho Ferreira (actual co-produtor, jurado e apresentador) e descobri o seu interesse pelos concursos online. Ele já tinha participado em alguns, mas de língua espanhola. A certa altura apresentou-me um concurso espanhol chamado «Operación Triunfo Virtual» e eu, apaixonado pela música, pensei que um formato daquele género seria algo a que o nosso país pudesse achar algum interesse. Até porque 2009 foi um ano recheado de música em termos de televisão.<br /><br />Esse concurso era algo do estilo em que as pessoas tinham que cantar músicas de acordo com temas e iam sendo expulsas com o tempo.<br />Comecei então à procura de alguma concorrência que pudesse haver e, além da famosa competição «DreamStars», que já havia terminado, não existia nada que pudesse ser um obstáculo.<br /><br />Falei com o Martinho sobre a ideia, ficámos ambos bastante entusiasmados e passado algum<br />tempo estava a construir o site e a promover, nas redes sociais, aquele que viria a ser o mais recente concurso online de «caça-talentos» português.<br />Obviamente que nos baseámos noutras ideias já existentes, mas adicionámos uma coisa nova que tem sido tão explorada ultimamente, por exemplo, no «Youtube» - o vídeo. Ver a pessoa a actuar. Daí o nome «Live» (ao vivo) «Idols» (ídolos).<br /><br />Redacção 2.3: Que balanço faz, após a primeira edição do concurso?<br /><br />João Gomes: A primeira edição foi algo de novo, tanto para muitos portugueses, como para os concorrentes, como para nós. Por isso foi uma espécie de experiência. Estávamos sempre a pensar nos problemas que poderíamos ter se actuássemos de determinada forma, visto que temos que ter em conta que os portugueses são pessoas muito exigentes, mas também pessoas muito indecisas. Mas correu tudo óptimo. Tivemos uns concorrentes excelentes e com grandes talentos para mostrar. Conseguimos mesmo um prémio de «Melhor Casting» pela revista espanhola «Sálvame». Mas também tivemos alguns problemas. Existiram diversas discussões entre apoiantes que se tornaram desagradáveis e, também a pedido dos próprios concorrentes, tivemos que tomar medidas para os proteger. Felizmente controlámos todas as situações e conseguimos chegar ao 100.º dia, anunciando o vencedor do concurso, que está agora muito mais motivado a trabalhar no seu primeiro single, que vai lançar brevemente online com o apoio do «Live Idols».<br /><br />Redacção 2.3: Quais as expectativas face à segunda edição?<br /><br />João Gomes: Quando começámos com o «Live Idols», pensámos logo numa 2ª edição, até numa 3ª ou 4ª, mas, nessa altura, o que havia eram só expectativas. Eu, como produtor, editor, grafista e júri, tenho que gastar muito do meu tempo com o concurso, e afinal ainda sou um mero estudante. Por isso, como talvez eu seja aquele que mantém uma ligação maior ao programa, e de momento tenho uma carga horária lectiva muito grande, estivemos mesmo para não fazer esta 2ª edição. Mas depois de ver a adesão que «Live Idols» teve, e mesmo as pessoas que se propuseram a ajudar, decidi dar mais uma hipótese ao concurso. Neste momento estamos em fase de castings e já ultrapassámos o número de candidatos da primeira edição, o que é muito bom sinal.<br />Também renovámos a nossa imagem, vamos fazer novas regras para que seja tudo mais justo e esperamos que corra tudo tão bem ou melhor que a edição passada, que já deixa saudades.<br />Talvez seja importante referir que não somos apenas uma equipa que está aqui para fazer disto um hobbie. Penso que quando se inicia um projecto desta grandeza, com esta exposição, especialmente num país que não está habituado, é necessário haver dedicação, predisposição e gosto no que se faz, tentando promover o programa e explicando que não existe qualquer forma de timidez ou medo de participar. Nesta edição já houve espanhóis a virem falar comigo pedindo para concorrer, afirmando que em Espanha as pessoas são muito tímidas para se mostrarem em vídeo. É, de certa forma, esses medos que queremos retirar dos portugueses.<br />Estamos obviamente aqui para fazermos o que gostamos e agradar a um público português que, aos poucos, está a aderir cada vez mais.</span></div></div></div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-4381940291744132882010-01-10T09:46:00.000-08:002010-01-10T09:59:07.638-08:00Novo Acordo Ortográfico: «O maior problema está nos falantes do Português de Portugal»Por Joana Perez<br /><br />É um assunto polémico, mas que poucos conhecem verdadeiramente. "Maria Monteiro", professora há mais de trinta anos e a leccionar, actualmente, as disciplinas de Português e Inglês ao 5.º ano, explica à Redacção 2.3 as diferentes razões em torno do novo Acordo Ortográfico.<br />Redacção 2.3: Suponho que esteja a par do Novo Acordo Ortográfico?<br /><br />Maria Monteiro: Conheço a versão do documento apresentada em 1990 e aprovada pelo governo português em 1995. Este documento gerou muita polémica e houve uma publicação da Dra. Edite Estrela «A questão do acordo» que veio semear muita controvérsia.<br /><br />R2.3: E a versão actual?<br /><br />MM: Bem, não quero aprofundar a questão sem antes esclarecer alguns pontos, para que melhor se entenda o que causa tanta polémica. Com a independência de Timor Leste e a decisão de adoptar a Língua Portuguesa como língua oficial, houve necessidade de rever o protocolo existente entre os países que adoptaram como língua oficial a Língua Portuguesa. Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em 2004, ficou determinado que bastava a ratificação de três membros para o acordo entrar em vigor. No mesmo ano, o Brasil ratifica o acordo e, mais tarde, o mesmo é ratificado por S. Tomé e Príncipe e Cabo verde, possibilitando assim a entrada em vigor do acordo. Em 2008 Portugal aprova o acordo e, concordemos ou não, ele já está em vigor.<br /><br />R2.3: Então, visto que já entrou em vigor, este acordo vai obrigar todos os falantes a reverem a forma como escrevem?<br /><br />MM: O maior problema está nos falantes do Português de Portugal, já que nos outros países onde se fala Português, o acordo veio ao encontro das suas dificuldades e necessidades, porque o Português aprendido nas ex-colónias usava vocabulário já há muito em desuso em Portugal. Além disso, a existência de duas línguas oficiais (O Português de Portugal e o Português do Brasil) obrigava a traduções diferentes de um mesmo livro, documento, etc.<br /><br />R2.3: Então acha que o acordo tem mais vantagens do que desvantagens?<br /><br />MM: Preferia não falar em vantagens ou desvantagens, mas sim em facilitar a comunicação entre os vários falantes de uma língua. Mas, claro, se me perguntar qual é a minha opinião, não consigo ter uma posição fria em relação ao assunto, isto é, não consigo ser a favor nem consigo estar contra.<br /><br />R2.3: Como assim?<br /><br />MM: Como professora, sei da dificuldade que os alunos encontram em escrever e, de um momento para o outro, dizer aos alunos que uma determinada palavra já não se escreve dessa maneira pode trazer muita discussão e gerar algumas dificuldades. Eu própria me recordo dos tempos de escola em que escrevia certas palavras com ph, que hoje se escrevem com f e esta mudança custou um pouco a entender. Também ensinei Português a luso-descendentes, nascidos na América do Norte, que falavam a língua, mas não conheciam o Português escrito, e verifiquei a sua dificuldade em acentuar as palavras. Por este tipo de dificuldades, pode entender que não posso assumir uma posição pró ou contra.<br /><br />R2.3: Essa dificuldade é compreensível pelo facto de não existirem acentos na Língua Inglesa.<br /><br />MM: Nós, professores, entendemos isso, mas torna-se difícil corrigir um texto escrito que sem acentos fica quase incompreensível. No meu caso pessoal, compreendo pelo sentido da frase, se estiver bem estruturada. Há, contudo, o problema do conhecimento do vocabulário. O próprio acordo remete para a consulta do Vocabulário ortográfico da língua portuguesa.<br /><br />R2.3: Na sua opinião, o que deveria ser feito para que o acordo funcionasse?<br /><br />MM: Existem mais de 230 milhões de falantes da Língua Portuguesa e, como é sabido, em Portugal somos apenas 12 milhões. Como minoria, pouco peso temos. Mas sendo Portugal o país que colonizou e deixou marcas por todo o mundo, pergunto-me se não devia impor a sua soberania. Para mim a língua é um dos símbolos mais importantes que contribui para a identidade de um povo. Não vamos deixar de falar Português, mas há marcas da língua que são únicas e têm origem em étimos que nada têm a ver com as ex-colónias.<br /><br />R2.3: Considera, então, que o Governo português não tomou posição face às desigualdades do acordo?<br /><br />MM: Não sei o que está na base dos sucessivos protocolos, mas sei que podia ter havido uma maior aposta no apoio ao ensino da língua. Há pouco, para não dizer quase nenhum, apoio ao ensino português nos países falantes e nos países em que a população de origem portuguesa tem já uma grande representação. Se o português é conhecido, em parte deve-se ao português do Brasil, porque em Portugal não há interesse na divulgação e a literacia acaba por ser pobre. Os livros são caros e quando traduzidos ainda mais, mas não necessariamente bons, isto é, boas traduções. Hoje em dia o português não é conhecido por quem fala a língua e defendem-se mais os estrangeirismos do que a manutenção da expressão ou da palavra em Português.<br /><br />R2.3: Não estará relacionado com o facto de todos terem maior acesso a uma linguagem mais técnica?<br /><br />MM: Está relacionado, mas há pouca preocupação em defender o que é português e não me refiro apenas à língua.<br /><br />R2.3: Compreendo. Muito obrigada, Dra. Maria Monteiro por responder a estas perguntas.<br /><br />MM: Eu também agradeço a oportunidade de poder falar sobre o assunto e alerto para que todos se informem do que é, de facto, o Novo Acordo Ortográfico, para poderem estar mais actualizados.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-16705376696305582052010-01-05T09:02:00.000-08:002010-01-05T09:06:13.635-08:00Fábio Ventura: «Acredito numa convergência de meios artísticos que se entrelaçam»Por Inês Calhias, Joana Sousa, Joana Varela, Mafalda Ferreira<br /><br /><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs3nn87MMcvBIRaEGaQ0udxH2bb6iiw1LEQuO98M0Y-g2FXQA-LcZ7-wDPt5kclgrZdLy08hBEKYRLvnLmUx9TU2siLm9QcGNxGUuRb0kGbRXSkXE6L7pwzoF7lATsMFTi2tQQ_1f9GEk/s1600-h/Orbias.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423302944421266114" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 132px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs3nn87MMcvBIRaEGaQ0udxH2bb6iiw1LEQuO98M0Y-g2FXQA-LcZ7-wDPt5kclgrZdLy08hBEKYRLvnLmUx9TU2siLm9QcGNxGUuRb0kGbRXSkXE6L7pwzoF7lATsMFTi2tQQ_1f9GEk/s200/Orbias.JPG" border="0" /></a>Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Algarve, Fábio Ventura, autor de “Orbias - As Guerreiras da Deusa”, deu a conhecer à Redacção 2.3 o lado mais pessoal da criação desta recente obra.</strong><br /><br />Redacção 2.3: O seu percurso académico inspirou-o na criação do livro e incentivou-o à descoberta do mundo da literatura?<br /><br />Fábio Ventura: Não. Antes de ingressar no curso de Ciências da Comunicação, o “bichinho” da literatura já cá estava. Apesar de ser um curso que exige que se leia muito, não incentiva propriamente a descoberta da literatura como forma de entretenimento. Mas posso afirmar sem reservas que o curso foi muito importante para melhorar e amadurecer a minha escrita. O curso requer que se escreva muito e bem e, apesar de ser numa perspectiva mais prática ligada à Comunicação, inevitavelmente acaba por incentivar à escrita de ficção.<br /><br />R2.3: Quando é que começou a pensar na criação do “Orbias”?<br /><br />F.V.: Comecei a pensar neste projecto no meu 2.º ano de faculdade (finais de 2005). A ideia de criar uma história foi amadurecendo e, em Fevereiro de 2006, comecei a escrever o livro. Escrevi-o em 2 meses. Enviei o manuscrito para algumas editoras, mas como não obtive qualquer resposta, deixei o livro na gaveta. Cerca de dois anos depois, em 2008, terminei o curso e decidi pegar no livro de novo. Reescrevi-o completamente e ao enviá-lo para as várias editoras, obtive uma resposta positiva da Casa das Letras (Grupo Leya).<br /><br />R2.3: A redacção do livro demorou muito tempo ou já tinha a história pensada quando começou a escrever o livro?<br /><br />F.V.: Demorou muito pouco tempo. A redacção propriamente dita demorou creio que 2 meses e meio. A nova versão do livro, a que foi editada, também demorou cerca de 2 meses. Antes de escrevê-lo, não pensei muito sobre a história e personagens em si. Como tenho uma escrita muito intuitiva, tudo vai fluindo naturalmente.<br /><br />R2.3: O mundo do “Orbias” é totalmente imaginário. Onde se inspirou para criar um livro do género fantástico? Cada personagem retrata/representa pessoas da sua vida ou criou-as originalmente?<br /><br />F.V.: Não posso afirmar que o mundo de “Orbias” seja totalmente imaginário. Em todo o livro tentei estabelecer um certo equilíbrio entre elementos reais, que existem no mundo moderno actual, e elementos de fantasia. Eu inspirei-me em muitas coisas mesmo e que aproveito sempre que escrevo: filmes, videojogos, séries de televisão, arte, literatura, música, etc. Acredito numa convergência de meios artísticos que se entrelaçam. Vários elementos desses objectos culturais servem de inspiração para a minha escrita. Por exemplo, a partir de uma pintura ou de uma música, consigo escrever um capítulo inteiro pelas emoções e pelas imagens que essas obras me provocam. Mas diria que não há uma coisa específica em que me inspire. Tento ser o mais original possível e, portanto, vem tudo da minha imaginação. Quanto às personagens, todas elas têm um traço da minha personalidade, como se fossem minhas filhas. Há outras que representam arquétipos de personagens neste tipo de ficção fantástica. Não me inspiro em pessoas que conheço, mas é curioso que no produto final acabou por haver personagens que ficaram parecidas a amigos meus.<br /><br />R2.3: Qual o feedback obtido até agora com a venda do livro? O lançamento do livro superou as tuas expectativas?<br /><br />F.V.: Até agora não tenho dados concretos sobre a venda dos livros por parte da editora. Apenas fui informado de que, para um novo autor português, o livro não estava a sair mal. Porém, o livro superou, e muito, as minhas expectativas. Uma vez que durante o curso ganhei hábitos de comunicação e divulgação, eu próprio decidi tratar da divulgação do meu livro, paralelamente à editora. O meu público-alvo são os jovens e jovens adultos, pelo que sabendo que este público é muito susceptível às redes sociais, criei Facebook, Hi5, blogue, Twitter, mail no sentido de promover o “Orbias”. Graças a isso, e obviamente à ajuda da editora, consegui gerar uma grande expectativa em torno da obra e cujo resultado tem sido muito positivo. Diariamente recebo mails, comentários e contactos de leitores muito felizes com o livro e ansiosos pela publicação da segunda parte. Em adição, tenho recebido muitos contactos de jovens aspirantes a escritores que vêem em mim um modelo (por ser tão jovem) e que me pedem conselhos, ajuda e opiniões.<br /><br />R2.3: “Orbias” representa um trabalho que marca a conclusão do seu percurso académico ou um trabalho que marca o início de uma carreira?<br /><br />F.V.: Não, este primeiro livro em nada teve a ver com o meu percurso académico. Terminei o curso, mas não teve inevitavelmente relacionado com a publicação desta obra. São aspectos diferentes, até porque o ofício da escrita não está directamente relacionado com a área do curso ou com as suas saídas profissionais. Este primeiro trabalho simboliza, sem dúvida, o início de uma carreira que espero que dure muitos e muitos anos porque é algo que adoro fazer. No entanto, não será a minha única carreira. Infelizmente, em Portugal ser escritor não é uma profissão e o pagamento que recebemos pela venda dos livros não garantem sustentabilidade de vida. Espero conseguir fazer carreira na minha área, da Comunicação, ou talvez experimentar algo novo que me preencha e me proporcione boas condições de vida.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-39423908837915748752010-01-05T08:54:00.000-08:002010-01-05T09:01:43.016-08:00Mariza: a «cantadeira de fados»Por Inês Calhias, Joana Sousa, Joana Varela e Mafalda Ferreira<br /><br />Aclamada como a «rainha portuguesa do fado», Mariza, uma das mais conceituadas fadistas portuguesas, tem prestado o seu contributo para manter Portugal nos maiores palcos do mundo. Ainda assim, nas mais variadas ocasiões, não deixa de mostrar a sua humildade, tendo chegado a dizer que não é nada mais do que uma «cantadeira de fados».<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZmkNVuzqAIRLIV38IeIp8DTzlzGAAjPvSpRuFPCCvClB8E5GteVPtvChcS5IBPwOqpP3mi2bw0TP_NMaQoP4NYEhZP2MfIprZ4_iiDsIqV4cDE42Bqv7pqvPdebh_8Zjo1J8sWMuqGOk/s1600-h/Mariza.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423301231532535938" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 263px; CURSOR: hand; HEIGHT: 194px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZmkNVuzqAIRLIV38IeIp8DTzlzGAAjPvSpRuFPCCvClB8E5GteVPtvChcS5IBPwOqpP3mi2bw0TP_NMaQoP4NYEhZP2MfIprZ4_iiDsIqV4cDE42Bqv7pqvPdebh_8Zjo1J8sWMuqGOk/s200/Mariza.JPG" border="0" /></a>Mulher de figura esguia, franzina, de olhos grandes e vestidos armados, muitos a conhecem pela força que a sua voz tem: através da sua música domina uma sala de espectáculos. Mariza nasceu em Moçambique e foi o seu pai que determinou o seu gosto pelo fado. A sua primeira actuação foi aos 5 anos, mas só a partir da adolescência é que a sua música começou a ser reconhecida. Começou por cantar géneros musicais como Pop, Gospel e Jazz, chegando a integrar bandas que actuavam em bares da capital. Contudo, a sua paixão era o Fado, ao qual se dedicou por completo.<br /><br /><strong>Fado música do mundo</strong><br /><br />O nome Mariza deixou de soar, há muito tempo, apenas por terras portuguesas. A cantora internacionalizou-se, chegando a sua música a países como Alemanha, Bélgica, EUA (onde o seu primeiro álbum chegou ao sexto lugar dos mais vendidos na área de World Music), Reino Unido, Finlândia, entre muitos outros. É de salientar também que a fadista já fez várias digressões. Mariza pisou palcos como o New Jersey Performing Arts Center e o Hollywood Bowl. Participou também em programas, nomeadamente da BBC, programas franceses, e foi até capa da revista Folk Roots. Já em Londres esgotou, com dois meses de antecedência, o Purcell Room do The Royal Festival Hall, onde actuou no Festival Atlantic Waves. Actuou, também, na Ópera em Frankfurt, entre muitos outros sítios.<br /><br /><strong>Gravações de uma carreira</strong><br /><strong></strong><br />O primeiro disco, Fado em Mim, foi editado em 32 países. Mariza não conseguiu contrato de nenhuma editora discográfica portuguesa, no entanto, uma editora holandesa, a World Connection, decidiu apostar na fadista lançando o seu primeiro disco em vários países. Os seus principais concertos foram o concerto em Lisboa, nos jardins da Torre de Belém, do qual surgiu um álbum, que recebeu uma nomeação para um Grammy Latino, e o concerto no Pavilhão Atlântico com convidados especiais.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMsQoOshCeqkw1KsAMOOksTTc5pOyhasbiyQQGprKk1g8Q8CT59hE3iEaCZXaaYz21aRvp8Nfsu3llVVg448JpW4oiUOVy5HyKs5qVAzVivrHlxt1YMGaOX_WJNokWQ6RIgrVH4lit67g/s1600-h/Mariza2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423301351975881618" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 312px; CURSOR: hand; HEIGHT: 236px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMsQoOshCeqkw1KsAMOOksTTc5pOyhasbiyQQGprKk1g8Q8CT59hE3iEaCZXaaYz21aRvp8Nfsu3llVVg448JpW4oiUOVy5HyKs5qVAzVivrHlxt1YMGaOX_WJNokWQ6RIgrVH4lit67g/s200/Mariza2.JPG" border="0" /></a>Com este CD conseguiu várias nomeações e prémios. Uma das músicas que obteve melhor repercussão foi Chuva. O CD vendeu muito em Portugal, liderando os tops portugueses. Os álbuns seguintes também foram muito bem aceites pelos ouvintes.<br /><br />Para além dos CD, a cantora também gravou um DVD, após um momento alto da sua carreira, o concerto em Londres. O DVD intitula-se Mariza Live in London. O seu segundo disco intitulado Fado Curvo também teve uma grande notoriedade ao ponto de obter a quádrupla platina novamente. A música com maior destaque neste álbum foi Primavera.<br /><br />O terceiro disco intitula-se Transparente, em homenagem a sua avó africana, sendo nesse CD misturadas novas sonoridades ao fado. Terra é o nome do quarto álbum e já foi apresentado em mais de 100 palcos de 20 países. O disco baseia-se nas várias digressões realizadas por Mariza e inclui alguns fados clássicos, como Alfama e Rosa Branca. Os quatro concertos nos coliseus de Lisboa e do Porto esgotaram na apresentação deste CD.<br /><br /><strong>Valor reconhecido</strong><br /><strong><br /></strong>Com uma carreira consolidada e amplamente reconhecida, Mariza é considerada uma grande cantora a nível nacional e internacional. Para além da sua grande voz, tem uma imagem sofisticada que tem impressionado o público e crítica especializada. Jornais como The Guardian distinguem o seu valor, caracterizando-a como “ a jovem diva teatral portuguesa”.<br />Recentemente, o objectivo assumido da cantora de levar Portugal ao Mundo, através do seu talento, valeu-lhe a nomeação de Embaixadora do Instituto de Turismo de Portugal.<br /><br />Mariza foi a celebridade escolhida para ser entrevistada por Francisco Pinto Balsemão na comemoração dos 25 anos da revista Blitz, o que demonstra a importância desta artista para o país e no panorama internacional.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-57682515108523752142010-01-04T09:21:00.000-08:002010-01-04T15:47:04.532-08:00Natal em Aljustrel do Alentejo<strong>Quando o ritmo e o sentimento das pessoas do Alentejo se encontra com os motivos de Dezembro há lugar para a festa, para o conto, para o canto e para alegria<br /></strong><br />Por Daniel Lopes<br /><br />Da azáfama do dia 24 de Dezembro à tranquilidade do dia 25, a quadra natalícia é comemorada na vila de Aljustrel entre a tradição da lareira e da reunião familiar, o convívio de amigos e reencontros nos cafés e ruas da localidade alentejana.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIjWnV1l2PbJNJ_PmpH78gDkWbVMJ4VpUHyqTBXyVUFXlzymampyppU-Yx2vAOFdnwpZfX8hxsrE-49HeKpR0kKPnQuRmOVLmAU_FsGslJpG4wa5dBK41Y-4ybhZO8URpblE2JNe29JOA/s1600-h/NatalAljustrel1.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 130px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422936846066293618" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIjWnV1l2PbJNJ_PmpH78gDkWbVMJ4VpUHyqTBXyVUFXlzymampyppU-Yx2vAOFdnwpZfX8hxsrE-49HeKpR0kKPnQuRmOVLmAU_FsGslJpG4wa5dBK41Y-4ybhZO8URpblE2JNe29JOA/s200/NatalAljustrel1.JPG" /></a>Na véspera de Natal o céu carrega-se de cinzento, ameaçando, com chuva, cobrir a noite que se avizinha. Anda muita gente na rua, conversando, sorrindo, nas compras, em trabalho. Um camião cheio de pregagens recorda-nos a alma industrial da vila. Nesta quadra, Aljustrel vestiu-se de luzes, decorou as suas esquinas, encheu-se de enfeites nas montras e até mesmo durante a tarde havia música de natal projectada para as ruas, para quém quisesse e quem não a quisesse ouvir. A cor partidária mudou e isso nota-se tanto nas ruas como nas pessoas, e no reflexo desta data, neste sítio. Mas não importa, apesar do burburinho político que ainda se faz sentir, as gentes esquecem-se das suas diferenças e relaxam ansiando a refeição demorada da noite de Natal e os copinhos brindando ao menino Jesus. Assim se passa de uma tarde envolta num cinzento pálido, onde reina o cheiro a castanhas assadas, a terra molhada, atravessada pelo vento norte, para o frio da noite que antecede o dia de Natal. Agora as ruas esvaziaram-se, os cafés e lojas fecharam portas, a música cessou, no ar paira o fumo a lenha das chaminés, todas as casas acendem as suas luzes, todos se resguardam no conforto da família: eis o seu significado.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUUlNqkObsPS5rtIQQfmQSxy4jkt7bFNpEraDk7YfMrQoxhsi0_h_J_zd8vEib19K76A2LXSdGCHaVEZ_ZF0r5WZ6NobIUwiCGe7YWxy1-5bMCOfVO8Ai5sSHygbCNhgEOwrIrlWDrmI/s1600-h/NatalAljustrel2.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 151px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422936943984709634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUUlNqkObsPS5rtIQQfmQSxy4jkt7bFNpEraDk7YfMrQoxhsi0_h_J_zd8vEib19K76A2LXSdGCHaVEZ_ZF0r5WZ6NobIUwiCGe7YWxy1-5bMCOfVO8Ai5sSHygbCNhgEOwrIrlWDrmI/s200/NatalAljustrel2.JPG" /></a>Bacalhau, pato, marisco, porco, peru, doces, vinho, medronho, a noite vai-se compondo enquanto cada presente se abre, cada sorriso se revela, e as conversas caem na descontracção. Famílias visitam famílias, filhos regressam à terra, crianças brincam com presentes, adultos cantam alegremente uma moda afinada. O 24 dá lugar ao 25 numa grande confraternização. A vila recebe o seu melhor presente: a vida que as pessoas lhe dão.<br /><br />A noite alonga-se então de novo pelas ruas, quem está bem em casa fica em casa, de roda da lareira, quem quer sair e rever os amigos, sai, o que importa é que a festividade continua, o espírito continua. Alguns bares abrem portas, contam-se histórias, toda a gente tem sempre muitas histórias, há muito que dizer. Quase todos conhecem todos, a conversa flui em cada recanto onde se vai, e o que é um facto é que numa terra no meio do Alentejo profundo é como se o tempo parasse. Não se fala muito do Natal, mas o que é certo é que pelo menos naqueles dias alguma coisa nos faz ficar.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-11533766024164623192010-01-04T09:00:00.000-08:002010-01-04T09:40:56.171-08:00Amieira: Um Natal na AldeiaPor Inês Calhias<br /><br /><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div><div>Amieira localiza-se entre Portel e Alqueva, no Alto Alentejo. É uma aldeia pacata que vem evoluindo, principalmente desde a finalização da obra da barragem do Alqueva. As condições de vida da população da aldeia semp<span style="font-size:0;"></span>re foram muito precárias e o Natal era visto como um dia único em todo o ano. Agora que grande parte da população foi para outras terras, a época natalícia serve como pretexto para o retorno de muitos, com o propósito de reunir a família e celebrar. </div><br /><div>Actualmente, é costume natalício a iluminação por todas as ruas da aldeia alusivas à época. Pela primeira vez, alguns populares juntaram-se na criação de um presépio e de uma fogueira na praça da aldeia, onde os populares se reúnem.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDM7wUmWcZFYBMJWVOsUzGHv7wJR7PaLVTYSLDkRRx5lGHuFvklvii3iWzYapIrnHcoINHeoa7RKfPZVh4EcohCY-S0KExQi13K5H3eiTUihozbgCIFgaAhbKNV90CMMK0Wlc9Hq4bAF8/s1600-h/NatalAldeia4.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422932025464374962" style="WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 122px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDM7wUmWcZFYBMJWVOsUzGHv7wJR7PaLVTYSLDkRRx5lGHuFvklvii3iWzYapIrnHcoINHeoa7RKfPZVh4EcohCY-S0KExQi13K5H3eiTUihozbgCIFgaAhbKNV90CMMK0Wlc9Hq4bAF8/s200/NatalAldeia4.JPG" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqOJMVmhw-pDni1KbbXUmj3mutXbnyzLOxsCUm9h7bjO6E4tjBJmC0oDoOviXudZjzpDQPsKlW6zJbU073wAL57MjJPwQdpOwb2WoV7vz31o_fvrY55CFc24432WJf7eUsUkK_L40sY_Y/s1600-h/NatalAldeia3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422931908697822242" style="WIDTH: 189px; CURSOR: hand; HEIGHT: 122px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqOJMVmhw-pDni1KbbXUmj3mutXbnyzLOxsCUm9h7bjO6E4tjBJmC0oDoOviXudZjzpDQPsKlW6zJbU073wAL57MjJPwQdpOwb2WoV7vz31o_fvrY55CFc24432WJf7eUsUkK_L40sY_Y/s200/NatalAldeia3.JPG" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDQ6zZUL6z9YoChmRUi484MNtsSoHdOMhASAtZqNpzUFYgjwZXRvJCmrXTxpZxQejDG_WVGKINlghyphenhyphenDZZrYY2OkrirkqYd_e_tP906FgjmCvRdwLQHx36Vu4zDeF6pGxRV9736fJcPpyw/s1600-h/Natal+Aldeia.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422933571963756514" style="WIDTH: 202px; CURSOR: hand; HEIGHT: 122px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDQ6zZUL6z9YoChmRUi484MNtsSoHdOMhASAtZqNpzUFYgjwZXRvJCmrXTxpZxQejDG_WVGKINlghyphenhyphenDZZrYY2OkrirkqYd_e_tP906FgjmCvRdwLQHx36Vu4zDeF6pGxRV9736fJcPpyw/s200/Natal+Aldeia.JPG" border="0" /></a></div><br /><div>O jantar de consoada compõe-se do tradicional bacalhau com couves dos doces, que são, essencialmente, o arroz doce (diferente do algarvio, pois não é acrescentado mais nenhum ingrediente que dê tonalidade ao arroz), as filhós, típicas da região, e os pastéis de grão. Devido ao facto desta região ter sido sempre uma região pobre, a ementa de Natal nunca foi muito variada, embora se cozinhasse mais nesta altura do que em qualquer outra altura do ano. </div><br /><div></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-8FH9VkInDI5oyFWE7aAamijWD45O2gVdFMRWpOFnnNgnDVX7CMg8aBwbw58EVe_JzasBGJEGpFUuE1zl_cV2qxaSmNu4yllqW09yvTln28LmuvyoJhyphenhyphenYx6zRgn7BmMr3Mjh5hdCAPi4/s1600-h/Natal+Aldeia5.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422934116341429602" style="WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-8FH9VkInDI5oyFWE7aAamijWD45O2gVdFMRWpOFnnNgnDVX7CMg8aBwbw58EVe_JzasBGJEGpFUuE1zl_cV2qxaSmNu4yllqW09yvTln28LmuvyoJhyphenhyphenYx6zRgn7BmMr3Mjh5hdCAPi4/s200/Natal+Aldeia5.JPG" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMvb7LI1-JGYPOIrKN0q_ca9k7bt6Ul5jgT5xQohfdlZ-YxtjAOfUpwsOAx_H_r5x2MBWRz5bqHnBBquq7bJx7MBiZYzDCWcIz_s6jbuvMbNMB8nAbWvHVX_SvOEgShJqG9Y9XnQLjqz8/s1600-h/NatalAldeia6.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422934227511852578" style="WIDTH: 202px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMvb7LI1-JGYPOIrKN0q_ca9k7bt6Ul5jgT5xQohfdlZ-YxtjAOfUpwsOAx_H_r5x2MBWRz5bqHnBBquq7bJx7MBiZYzDCWcIz_s6jbuvMbNMB8nAbWvHVX_SvOEgShJqG9Y9XnQLjqz8/s200/NatalAldeia6.JPG" border="0" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgr1YlMxi7zsE1A2mmI4AIaKm-L3Uo1FeB3TBLgFP1xxypgsv_8l0ODZynDRbvt5SuiB8vE2qicHdO9ydI2s-vhEhtf4G_PB6hnvqmFn0OkgCE3xHKRTo17U7z92nxbaIei4prgKdVhyk/s1600-h/NatalAldeia7.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422934366906622802" style="WIDTH: 175px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgr1YlMxi7zsE1A2mmI4AIaKm-L3Uo1FeB3TBLgFP1xxypgsv_8l0ODZynDRbvt5SuiB8vE2qicHdO9ydI2s-vhEhtf4G_PB6hnvqmFn0OkgCE3xHKRTo17U7z92nxbaIei4prgKdVhyk/s200/NatalAldeia7.JPG" border="0" /></a><br /><br /><div>A missa do Galo, como habitualmente, realiza-se na pequena igreja da aldeia. Uma vez que existe apenas um padre para cobrir a região, que tem que conciliar horários entre várias aldeias, a missa do Galo realiza-se poucas horas mais cedo do que é tradição. </div><div><br /></div><div>Durante a noite, as temperaturas descem acentuadamente e o lugar mais cómodo para se estar é ao pé da lareira. O abrir das prendas muda de casa para casa, mas hoje em dia é costume abrir-se a partir da meia-noite. Ainda assim, em algumas famílias, a tradição ainda é a de é colocar o «sapatinho» ao pé da lareira, para no dia seguinte encontrar lá uma surpresa. </div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-13135423866737273222010-01-04T08:41:00.000-08:002010-01-04T08:51:54.131-08:00Crianças protagonizam festas de Natal em LouléPor Mafalda Ferreira <div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0v-HMbONuu2GgQOWuVoAUXqKWCs4k_6RRqIURbBlEjCF2zxZDgEEFFiE12zx0aZW58UQQxec9vbAjO1IAwpXFAJlbTHyil8A__f8PZCIpqjXvlU2RH2XZtvnfK9Tz2dj01bcOP2Qrl_U/s1600-h/Natal+Loul%C3%A9.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422927738151086018" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 123px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0v-HMbONuu2GgQOWuVoAUXqKWCs4k_6RRqIURbBlEjCF2zxZDgEEFFiE12zx0aZW58UQQxec9vbAjO1IAwpXFAJlbTHyil8A__f8PZCIpqjXvlU2RH2XZtvnfK9Tz2dj01bcOP2Qrl_U/s200/Natal+Loul%C3%A9.JPG" border="0" /></a>O Natal transforma a cidade de Loulé e todos os anos a tradição faz-se cumprir.Decora-se a cidade, chega o Pai Natal, as crianças saem à rua e o espírito natalício está instalado.<br />Abertura da casa do Pai Natal.</div><br /><div>O Pai Natal chega antecipadamente a Loulé, no dia 1 de Dezembro, e marca assim a inauguração de toda uma cidade dedicada ao espírito natalício.Crianças e familiares reúnem-se na Cerca do Convento para assistir à chegada do São Nicolau à sua nova residência, a casa do Pai Natal, que agora se localiza neste sítio, aberto ao público até ao dia dos Reis. Para embelezar o ambiente, este espaço tem também carrosséis para as crianças. «Todos os anos vimos à chegada do Pai Natal, os miúdos querem receber sempre os presentes e dar uma volta de carrossel» diz Ana Martins, que acompanha os seus dois filhos.</div><br /><div><strong>Decoração da cidade</strong> </div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXoAdgoA93cmMEtAILebd8mzfxD5Iym8K-QUnZDOlo1g7Zcxih71N-0CdAgQJsn_1sdi2WmEnvEj7C1eWSIAlx1SCI-Ouj0k2U87r8WwiNmte2D9S4P3Pd7KlyKjf1sYEXwsZMxWjg0oU/s1600-h/Natal+Loul%C3%A92.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422927827900863394" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 166px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXoAdgoA93cmMEtAILebd8mzfxD5Iym8K-QUnZDOlo1g7Zcxih71N-0CdAgQJsn_1sdi2WmEnvEj7C1eWSIAlx1SCI-Ouj0k2U87r8WwiNmte2D9S4P3Pd7KlyKjf1sYEXwsZMxWjg0oU/s200/Natal+Loul%C3%A92.JPG" border="0" /></a>À noite há agora mais luz, as decorações de Natal marcam presença por grande parte da cidade. Segundo Maria Piedade, «Agora dá gosto passear por Loulé ao fim da tarde. Está tudo mais bonito e há mais pessoas.» Pelas montras observavam-se decorações e promoções que atraem mais clientes. Nas ruas ouve-se ao longo do dia música ambiente.</div><br /><div><strong>«O Natal é das crianças»</strong></div><strong></strong><br /><div>É assim que Carlos Monteiro aprova o facto do município de Loulé dirigir as suas actividades de Natal para os mais jovens. Em tempo lectivo, as escolas têm a preocupação de levar os alunos mais novos, nomeadamente das escolas primárias e pré-primárias, a visitar espaços como o castelo da cidade, o Convento Espírito Santo e a casa do Pai Natal. Além destas actividades, Fátima Guerreiro, encarregada de educação, conta que esta festa «que eles agora apresentam» se prepara com alguma antecedência: «uns cantam, dançam, e assim acabam as aulas de forma mais divertida.» </div><br /><div>As festas que se realizam protagonizadas pelos alunos acontecem em todas as escolas primárias e pré-primárias da cidade, onde estes apresentam peças de teatro, coreografias, músicas e, no fim, têm direito a uma prenda como recompensa.</div></div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-23794960356544411442010-01-04T08:33:00.000-08:002010-01-04T09:27:41.783-08:00Crónica: O Natal foi assim…Por Sofia Trindade<br /><br />Por mais que mande a traição, que Baltazar traga incenso, Belchior ofereça ouro e Gaspar presenteei com mirra há que inovar antes que cheguem os Reis Magos em Janeiro. Elevar a arte e o espírito natalício, não quebrando a rotina da quadra, foi o desafio lançado pelo Concelho de Lagoa.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwT7-CLoyjhRPRrQmTCM4N4DNm28UEjq8UJMcuUqpgIpPYwCmteP9_ffREFOGDufw94X3A2imN4BRvBCf_HvpZYK-CwD_QUf2O5bXsd8DUEjXpnd1mAXTKEHEgkMSfaU5fQx8FDIYpyKQ/s1600-h/Natal+Lagoa.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422937564021332882" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 136px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwT7-CLoyjhRPRrQmTCM4N4DNm28UEjq8UJMcuUqpgIpPYwCmteP9_ffREFOGDufw94X3A2imN4BRvBCf_HvpZYK-CwD_QUf2O5bXsd8DUEjXpnd1mAXTKEHEgkMSfaU5fQx8FDIYpyKQ/s200/Natal+Lagoa.JPG" border="0" /></a>Desde que me lembro que as ruas de Lagoa eram invadidas por pequenas colunas que propagavam hertz natalícios pelas calçadas mais velhas da cidade, assim como as músicas já gastas, de tanto passarem toda a quadra, de tantas quadras passarem.<br /><br />Este ano, o Natal em Lagoa foi ouvido com mais gosto, pelo menos da minha parte. Num reflexo de uma multiplicidade cultural do concelho foi dado protagonismo aos aprendizes do Conservatório de Música de Lagoa, aos alunos do curso profissional de música da Escola Secundária de Lagoa e aos alunos das Escolas Básicas do Concelho, que frequentam actividades de enriquecimento curricular na área da Musica. E porque a música quebra as barreiras da idade e das crenças, os coros das igrejas das freguesias do Concelho também se fizeram ouvir durante o programa festivo e cultural «Tocar a Natal».<br /><br />Cá em casa persiste-se em colocar música durante a consoada embora o ritmo e o volume das conversas cruzadas a ocultem por completo…Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-47319127987597194532009-12-28T16:38:00.000-08:002009-12-28T16:45:14.100-08:00Magia das luzes em PortimãoPor Joana Varela<br /><br />Todos os anos, durante a época natalícia, várias cidades portuguesas embelezam as ruas com as decorações e apostam fortemente na iluminação, dando um brilho especial às noites de Inverno. A cidade de Portimão não foi excepção e os moradores da zona mostram-se orgulhosos perante estes investimentos decorativos, como é o caso de Maria da Conceição, que afirma que «cada ano que passa é melhor que o anterior em termos de decoração natalícia. As ruas estão muito bonitas, bastante iluminadas».<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSJmsMX7LkuQ46YJP1n_3rqMWPjRfcaV6pvhOFGz7au0h937n7NrTCB085Db7zzmCgEY7D-R_2k5zEty0jrh9UHqj3Qs2aJ2a3dCGWE7kFcw6JNzOsvO_VHa2q5wr9fBeS70Qz5668HiE/s1600-h/NP.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420451953369679458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSJmsMX7LkuQ46YJP1n_3rqMWPjRfcaV6pvhOFGz7au0h937n7NrTCB085Db7zzmCgEY7D-R_2k5zEty0jrh9UHqj3Qs2aJ2a3dCGWE7kFcw6JNzOsvO_VHa2q5wr9fBeS70Qz5668HiE/s200/NP.JPG" /></a>A Associação de Desenvolvimento Pró - Comércio de Portimão (UAC) foi a grande investidora, doando «cerca de 200 mil euros para esta iniciativa», segundo Paulo Cristóvão, morador de Portimão. «Foram colocadas luzes decorativas nas ruas principais e, na Alameda, um ringue de patinagem e uma árvore de natal de 30 metros. Além disso, todos os anos põem um cadeirão e uma passadeira vermelha para o Pai Natal receber as crianças», acrescentou.<br /><br /><strong>Espectáculos Natalícios</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBdznWOzu0FZ82dynGRpTWMx8fZIqOQLBZdmIb2XixFpQ1ow3xe1115TN4ATq6JcygkOzIoDs6kUNg6hvUHRy4bzqosrMJhrDfWMI_Yc-TTDQ_lHT5E9g5o5jENr31GruipP-ENjTn8O8/s1600-h/NP2.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 146px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420452207515598594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBdznWOzu0FZ82dynGRpTWMx8fZIqOQLBZdmIb2XixFpQ1ow3xe1115TN4ATq6JcygkOzIoDs6kUNg6hvUHRy4bzqosrMJhrDfWMI_Yc-TTDQ_lHT5E9g5o5jENr31GruipP-ENjTn8O8/s200/NP2.JPG" /></a>Para além das decorações, Portimão é na época natalícia palco de vários espectáculos e atracções, como a animação «Cai Neve em Portimão», em que «uma máquina produz neve artificial deixando as ruas brancas», conta Rosa Lopes, actuações de ranchos folclóricos, entre muitas outras.<br /><br />A população portimonense tem aderido ao espírito, como se pode constatar pelo ambiente em que se vive. Adriana Maia, uma jovem de 16 anos, observa que «Portimão está mesmo com o espírito natalício. Apesar da crise ainda conseguimos ver esta cidade sempre a inovar».Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-23708203296136950132009-12-28T16:28:00.000-08:002010-01-04T09:41:40.460-08:00Espírito natalício presente em Vila Real de Santo AntónioPor Ivan Cordeiro<br /><br />A época natalícia paira no ar. É o tempo em que as ruas se enchem com luzes e decorações, pessoas, sacos correrias e espírito natalício, mesmo com o frio que marca a chegada do Inverno e a sua chuva. A Redacção 2.3 esteve em Vila Real de Santo António, antiga povoação de pescadores Santo António de Arenilha, para registar os hábitos e festividades vila-realenses.<br /><br />Ainda a 27 de Novembro teve lugar a inauguração e iluminação da árvore de Natal com cerca de 30 metros de altura, na Praça Marquês de Pombal, bem como a abertura da pista de gelo e da tenda do Pai Natal. Nesta inauguração, que marcou o início das festividades, estiveram presentes muitos vila-realenses. A neve artificial, que, por mais um ano consecutivo, encheu o espaço com pequenos bagos de brancura, animou a multidão de crianças à espera do Pai Natal, que as recebeu de braços abertos dentro da sua tenda. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9g7qCPXRIcdOR7UXthabPCodvgVTbmsMYr8gLpErG2LSrdr-pomipizV4sRqL68p6A7H5Ss-Rx5p4ka2R12MZTFc9-LV77-4HS4Zoy8GJK65N_OpCYbmsNnZgZr99VLsW4GlWxgMF2Pw/s1600-h/NVRSA2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420449989701658610" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9g7qCPXRIcdOR7UXthabPCodvgVTbmsMYr8gLpErG2LSrdr-pomipizV4sRqL68p6A7H5Ss-Rx5p4ka2R12MZTFc9-LV77-4HS4Zoy8GJK65N_OpCYbmsNnZgZr99VLsW4GlWxgMF2Pw/s200/NVRSA2.JPG" border="0" /></a><br /><br />O centro da cidade possui diariamente várias actividades e iniciativas que contam com animação para os mais novos. Pelo que pudemos observar, a pista de gelo natural, com 200 m2, é a atracção mais procurada. Para além desta novidade, existem também outras animações, como insufláveis, carrosséis, música, ateliês infantis, karaoke e um comboio infantil que percorre várias ruas do centro urbano.<br />A cidade conta também com o presépio de Vila Real de Santo António que foi inaugurado no dia 6 de Dezembro e que permanece até dia de Reis. Situado no Centro Cultural António Aleixo, este presépio conta com cerca de 3500 figuras, algumas com movimentação, que sustentam a história e a tradição religiosa. Segundo responsáveis do Centro Cultural António Aleixo, no ano anterior recebera mais de 50 mil visitas.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTxyePXp06h_lmdXR6TZ-oE6e6KxOA7Ue0hqYnToH0L8zyR0QzZnz6gmD3uNcjogPlO9FwCrc3FLyvUG7-7bar86LsMmu0vvNicqvL_7RiUfeRmxYXqvEDhwuvQHeV2LGxLQz6GuNIH04/s1600-h/NVRSA.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420449407966058386" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTxyePXp06h_lmdXR6TZ-oE6e6KxOA7Ue0hqYnToH0L8zyR0QzZnz6gmD3uNcjogPlO9FwCrc3FLyvUG7-7bar86LsMmu0vvNicqvL_7RiUfeRmxYXqvEDhwuvQHeV2LGxLQz6GuNIH04/s200/NVRSA.JPG" border="0" /></a>Estas iniciativas são organizadas pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António em parceria com a Associação do Desenvolvimento da Baixa de Vila Real de Santo António.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-87590664664250544132009-12-25T10:06:00.000-08:002009-12-25T10:11:42.622-08:00Uma pérola à beira-mar: Rui Coimbra é o primeiro algarvio a integrar a Selecção Nacional de Futebol de PraiaPor Isa Mestre<br /><br />«Afável, de trato fácil, calmo, decidido e sonhador», é assim que se caracteriza Rui Coimbra, atleta algarvio da selecção nacional de futebol de praia que recentemente arrecadou no Beach Soccer World Cup, no Dubai, um honroso terceiro lugar. <br /><br />Nascido em Quarteira, no ano de 1986, Rui Coimbra estaria longe de imaginar que poderia vestir a camisola da equipa das “quinas”, sobretudo a jogar futebol de praia. É que antes de “pôr o pé na areia”, o jovem algarvio teve passagens por desportos tão diversos como o karting (onde chegou mesmo a sagrar-se campeão), a natação, o ténis ou a vela. <br /><br />Em terra de pescadores, a paixão pelo futebol jogado na areia acabou mesmo por vencer. Rui Coimbra conta que «tudo começou em 2006, com um grupo de amigos» aquando da participação num torneio amador. <br /><br />Na sequência desse torneio e dos jogos disputados como amador no ano 2008, viria a concretizar-se um dos maiores sonhos do jogador luso: a chamada à selecção nacional. Na altura, com apenas vinte e dois anos, Rui Coimbra afirmou-se como o primeiro algarvio no futebol de praia a experimentar tamanhos voos e tudo isso, diz, deve-o ao seleccionador Zé Miguel, que «considerou que eu tinha aptidões para integrar a selecção e começou a convocar-me para os estágios e treinos». Daí ao Dubai, o jogador garante ter sido «um pulinho», confessando que a convocatória para o campeonato do mundo foi «uma alegria enorme. Acho que é o sonho de qualquer jogador e eu não sou excepção. No fundo, ser convocado é como que uma recompensa por um ano de trabalho».<br /><br />Quando questionado acerca da preparação para jogar futebol de praia num país como o nosso, Rui Coimbra desmistifica, afirmando que «ao contrário do que as pessoas pensam, que é só sol e praia, a preparação física é muito exigente e desgastante, em especial as pernas e os gémeos. Temos que treinar à chuva, ao frio, ao vento e nas condições mais adversas que se possa pensar.»<br /><br />Em discurso franco e aberto, Rui Coimbra, confessa-se desiludido com a atenção prestada pelos governantes portugueses ao futebol de praia, afirmando que esta «está muito aquém daquilo que deveria ser», acreditando, no entanto, que «com o tempo o futebol de praia vai ter o reconhecimento que lhe é devido, como qualquer outra modalidade». <br /><br />No que toca ao seu próprio reconhecimento enquanto profissional, o jovem jogador admite que o Algarve, enquanto região, lhe tem retribuído o esforço sobretudo «pela boca do povo», pelo orgulho da sua presença junto de grandes vultos do futebol de praia, como é o caso de Madjer ou Alan, companheiros de selecção no caminho do algarvio, naquela que é já uma carreira de sucesso.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-47255554568662882542009-12-25T09:54:00.000-08:002010-01-09T04:03:22.131-08:00O ‘Pro Tour’ mais português de semprePor Fábio Lima<br /><br />Joaquim Agostinho, Marco Chagas, Alves Barbosa e, mais recentemente, José Azevedo ou Sérgio Paulinho são nomes que marcam claramente o panorama velocipédico nacional. Mas nunca o ciclismo português esteve tão bem representado na alta-roda internacional. E a altura em que surgem estas novidades é ainda mais surpreendente, pois vem na ressaca de uma Volta a Portugal marcada por imensos casos de <em>doping</em>, que até retiraram a vitória a Nuno Ribeiro. Apesar de tudo isso, cinco ciclistas de nacionalidade portuguesa irão representar equipas de topo do ciclismo.<br /><br />A equipa mais portuguesa do pelotão internacional é claramente a RadioShack, comandada pelo mítico Lance Armstrong. Nas estradas, Portugal terá Sérgio Paulinho e Tiago Machado. No comando da equipa estará um dos melhores gregários de Lance Armstrong, José Azevedo. E na parte técnica estará o mecânico Francisco Carvalho. A figura da equipa é sem dúvida o sete vezes vencedor do Tour de France, Lance Armstrong, que aos 39 anos faz questão de mostrar que a idade não o impede de trepar as montanhas mais difíceis do mundo. Ao lado do texano estarão muitos ciclistas que vieram consigo da Astana. Entre eles figuram Levi Leipheimer, Andreas Kloden, Yaroslav Popovic ou mesmo Sérgio Paulinho. O português Tiago Machado trocou a Madeinox Boavista pelo conjunto americano. A comandar esta verdadeira constelação de estrelas, estará Johan Bruyneel, director desportivo durante as sete vitórias de Lance no Tour. Esta nova equipa tem como principal objectivo levar ao mundo a mensagem da fundação de Lance Armstrong, LiveStrong.<br /><br />Ainda a falar português, a Caisse D’Epargne tem nas suas fileiras uma das maiores surpresas da última época – Rui Costa. O ciclista natural da Póvoa de Varzim logrou vencer os 4 Dias de Dunkerque e ficar no 3.º lugar na Volta a Chihuahua. O ciclista nacional terá a companhia de David Arroyo, Luís León Sanchéz e o chefe de fila Alejandro Valverde.<br /><br />Ainda no Pro Tour, Manuel Cardoso será o mais provável chefe de fila da Footon Servetto, antiga Saunier Duval. O estatuto do ex-ciclista da Liberty Seguros confirma-se pelo seu calendário, tendo o Tour de France como objectivo. Com uma formação composta com jovens talentos, na sua maioria ex-amadores, a equipa pretende demarcar-se do passado de casos de <em>doping</em> de Iban Mayo, Riccardo Riccó e Leonardo Piepoli.<br /><br />Olhando para as restantes equipas, muitas mudanças ocorreram. Para começar na nomenclatura, um terço das equipas Pro Tour mudaram de nome, outras foram criadas de raiz. É o caso da Team Sky, que até agora confirmou a contratação de Sylvian Calzati (ex- Agritubel), Nicholas Portal (ex-Caisse d’Epargne), Mathew Hayman (ex-Ra¬bobank) e Kurt Asle Arvesen (ex-Saxo Bank).<br /><br />Uma das principais novelas do mercado do ciclismo terminou com final feliz: Alberto Contador permanecerá na Astana, tendo agora como companheiros de equipa Óscar Pereiro e Alexandre Vinokourov. A equipa cazaque sofreu uma grande reforma no elenco, com a saída de Haimar Zubeldia, José Luis Rubiera, Andreas Kloden ou mesmo de Sérgio Paulinho. Prevê-se que, para 2010, a aposta seja em talentos provenientes do país.<br /><br />As duas formações francesas da elite, AG2R La Mondiale e a Française de Jeux, arriscam claramente na prata da casa, com a aposta em Stephane Goubert no caso da AG2R e em Christophe Le Mevel e Sandy Casar na Française de Jeux.<br /><br />Bradley Wiggins, uma das surpresas do Tour 2009, ainda não tem equipa certa, mas prevê-se que se mantenha na Garmin-Transitions (ex-Garmin Slipstream), juntamente com Tyler Farrar. Na mesma situação de Wiggins, Ivan Basso deve ficar na Liquigas-Domio, que conta com a presença de Daniele Benatti, Vincenzo Nibali, Franco Pellizotti ou Roman Kreuziger. Kreuziger, com a sua importância de certa forma ameaçada na formação italiana, poderá rumar à Omega Pharma-Lotto, que muito recentemente perdeu Cadel Evans para a BMC.<br /><br />O inglês voador de 2009, Mark Cavendish, ficará na Team Columbia HTC, com a companhia de Tony Martin, mas já sem Kim Kirchen. O alemão optou por rumar à Team Katusha, que esta temporada contará com Filippo Po¬zatto, Serguei Ivanov, Vladimir Karpets e o recém adquirido Joaquim Rodríguez (ex-Caisse d’Epargne).<br /><br />Sempre candidato a uma grande vitória em 2010, o ciclista da Saxobank Andy Schleck mantém-se envolto na mesma estrutura da temporada passada, com a presença do seu irmão Frank, do relógio suíço Fabian Cancellara e com a contratação de Sebastián Haedo. Óscar Freire e Dennis Menchov são as principais apostas de outra equipa ligada à banca, a Rabobank.<br /><br />Uma habitué no pelotão internacional, a Euskatel Euskadi continua fiel à sua vocação de sempre: tacar forte a montanha. Igor Sanchéz Galdeano, Samuel Sanchéz, Igor Anton e Romain Sicar (campeonato mundial de sub-23) são as apostas da formação basca. Por sua vez, a equipa Quick-Step conta com Sylvian Chavanel e Tom Boonen e com um trunfo importante: uma ligação à Eddie Mercx Cycles que permitirá acesso a material de topo.<br /><br />Quanto ao segundo escalão do ciclismo mundial,Continental Professional, destaque para a presença de grandes nomes do ciclismo. Cadel Evans (ex-Omega Pharma-Lotto), George Hincapie (ex-Team-Columbia), Alessandro Ballan (ex-Lampre) e Arcus Burghart (ex-Team-Columbia) irão ser os grandes nomes da recém criada BMC Racing Team.<br /><br />Outra equipa de segundo patamar com grandes nomes é a Cervelo Test Team, que conta com o vencedor do Tour 2008 Carlos Sastre, Xavier Tondo (ex-Andalucía-Cajasur), Thor Hushovd e Heinrich Haussler.<br /><br />Ainda olhando para a lista de 19 equipas admitidas para Continental, de realçar a presença da brasileira Scott – Marcondes César São José dos Campos, que pretende lançar o nome do Brasil na alta-roda do ciclismo. «Temos atletas estrangeiros na equipa, mas a prioridade são os ciclistas do Brasil. Queremos dar a oportunidade para nossos ciclistas, agregando a experiência de corredores estrangeiros e, assim, formar ciclistas brasileiros de alto nível, numa equipa brasileira», refere José Carlos Monteiro, o director-desportivo da formação.<br /><br />Por fim, e após uma decisão polémica, ficou-se a saber que Nelsón Oliveira,vice-campeão mundial de sub-23, não irá competir ao mais alto nível devido a uma questão burocrática que retirou a licença de Continental à Xacobeo Galicia.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-79611871949438931002009-12-13T11:39:00.000-08:002010-01-09T03:50:59.918-08:00José Duarte homenageado pela Universidade do AlgarvePor David Marques<br /><br /><strong>Mais do que uma palestra sobre jazz, o evento realizado a 10 de Dezembro na Universidade do Algarve serviu, acima de tudo, para homenagear o «homem dos cinco minutos». José Duarte foi um dos principais impulsionadores do jazz em Portugal. Já passou meio século desde que começou.</strong> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcp1-iafQMhhrso42IINIJnXUSI83euqa3MadIb90FH-crgX1TuY7LS61rubGit0pKGQ8TUi0dYShgBCZMl5MPlSRTyMxzHgSZDx6lFvAWB5tdOZzLSXAmhYU96DrCxux2BOniOCcnLY/s1600-h/HJD.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414815766785502594" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 120px; CURSOR: hand; HEIGHT: 207px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcp1-iafQMhhrso42IINIJnXUSI83euqa3MadIb90FH-crgX1TuY7LS61rubGit0pKGQ8TUi0dYShgBCZMl5MPlSRTyMxzHgSZDx6lFvAWB5tdOZzLSXAmhYU96DrCxux2BOniOCcnLY/s320/HJD.jpg" border="0" /></a><br /><br />Cerca de 60 pessoas assistiram à homenagem a José Duarte, que se revelou surpreendido com a sala bem composta: «Já fiz sessões para uma só pessoa, há uns anos em Estremoz», afirmou bem-disposto. A sessão solene, aberta por Vítor Reia-Baptista, contou com a intervenção de João Guerreiro, Reitor da Universidade do Algarve, Zé Eduardo, presidente da Associação Grémio das Músicas, e ainda com a presença de Luís Oliveira, subdirector da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, e Mirian Tavares, coordenadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC).<br /><br />Radialista por excelência, José Duarte iniciou o seu já longo casamento com a música jazz em 1958, ano em que, com Raul Calado, fundou o Clube Universitário de Jazz. «Era um local de luta contra o Hot Clube de Portugal [o primeiro clube de jazz do país, que não permitia, porém, mais de 100 sócios inscritos em simultâneo]. Foi selado pela polícia três anos depois, porque iam lá muitos homens de esquerda, os futuros dirigentes dos movimentos de libertação das colónia e até o Jorge Sampaio», recordou o apresentador da Antena 2 que conduz, de segunda a sexta, o programa «Jazz com brancas».<br /><br />Celebrizado pelo programa de rádio «5 minutos de jazz», numa época em que os swings da música afro-americana não eram vistos com bons olhos pela sociedade portuguesa e pelo antigo regime, José Duarte destacou-se por inúmeros outros trabalhos empreendidos sempre com o objectivo de divulgar o jazz em Portugal, organizando, inclusive, concertos de respeitados saxofonistas norte-americanos como Steve Lacy e Frank Wright, em 1972 e 1973, respectivamente.<br /><br />Admirador de jazz como poucos, José Duarte torce o nariz à música actual. «Com a tecnologia moderna constroem-se solos que os músicos nunca tocaram», diz, sem se esquecer, no entanto, de indicar a grande virtude do movimento artístico-cultural: «O Jazz é uma música de improviso».Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-40398417060921588042009-12-13T11:22:00.000-08:002009-12-13T11:38:59.220-08:00Como é ser Jornalista?<div align="left">Por Marta Miranda e Raquel Rodrigues</div><br /><div align="left"><strong>O quê? Quem? Onde? Quando? Como? Porquê? São as questões que envolvem a vida diária de um jornalista, em busca da novidade, do interessante, das notícias que fazem o nosso dia-a-dia. Três jornalistas contam à Redacção 2.3 como lidam com a missão de informar os públicos e lhes oferecer todo o conhecimento que conseguem transportar para os vários meios de comunicação. </strong></div><br /><div align="left"><strong>«Fazer jornalismo não é ser estrela de televisão, isso é o que menos interessa. Ser jornalista é colocar as pessoas em lugares onde não é possível estarem na realidade.» </strong><span style="font-size:85%;">João Tiago</span><strong> </strong></div><br /><div align="left">João Tiago, jornalista da SIC, do Jornal Barlavento e da Agência LUSA seguiu os seus instintos ao <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMt3CJAETh5tBXihR2K17Q4CY2YQqPQ8vUNOoznuMUZ0DwmI58t7Bv3b3YsY939OOtz-0jlIOTmVegMDDLeFWXZrmk0rqGfiEOpbkYeiPdGhzoxZgN6_Xk-lqnjZXvt9rQbfQ9ENE7lMg/s1600-h/JT.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414805458636432722" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 89px; CURSOR: hand; HEIGHT: 92px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMt3CJAETh5tBXihR2K17Q4CY2YQqPQ8vUNOoznuMUZ0DwmI58t7Bv3b3YsY939OOtz-0jlIOTmVegMDDLeFWXZrmk0rqGfiEOpbkYeiPdGhzoxZgN6_Xk-lqnjZXvt9rQbfQ9ENE7lMg/s320/JT.JPG" border="0" /></a>entrar para o curso de Ciências da Comunicação na UAlg, na expectativa de ingressar na área de Marketing. Com o passar dos anos descobriu o prazer de dar a notícia. «Os professores que tive, o incentivo e a maneira de ensinar despertou em mim a vontade do jornalismo», afirma. </div><br /><div align="left">«Não acho que a UAlg dê menos oportunidades aos alunos, comparando com as outras. É verdade que lá em cima há mais oferta, mas também mais procura e concorrência. Eu estou feliz com as oportunidades que me surgiram, e não o seria se não estivesse no Algarve”, confessa o jornalista.</div><br /><div align="left">Com uma vida agitada e imprevisível, João Tiago conta-nos um pouco como é o seu dia-a-dia: «A vida de um jornalista é comandada pelo telemóvel. Nunca se pode dizer que o dia é estipulado de uma certa maneira, porque é sempre imprevisível. Estamos sempre em cima da notícia e sempre dependentes disso.»</div><br /><div align="left">Trabalhador, ocupado e com gosto pelo que faz, o jornalista incentiva os alunos que frequentam o curso de Ciências da Comunicação na UAlg a «ter vontade de aprender, trabalhar e empreender», sublinhando que estas são as qualidades de um bom profissional.<br /><br /><strong>«Em qualquer actividade o importante é sempre acreditar, saber o que se quer e ter objectivos definidos. Criar uma atitude pró-activa, cometer erros e aprender com eles. Ser respeitosamente persistentes.»</strong> <span style="font-size:85%;">Paulo Baptista</span><strong> </strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwJbSnL4LF2VM8d8hTkLZnvELuzYFzoc9A0iS6PNkYYsILsCEygHGXJJ7UIZ6AF_2rYlVbFc9wxyWaSUqz72XSCOpylPivQMEqboOHXgqPExjXetcEk65OnqnaukknkP_fGxyhlM0JVg/s1600-h/PB.JPG"><strong><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414805678016919858" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 132px; CURSOR: hand; HEIGHT: 121px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwJbSnL4LF2VM8d8hTkLZnvELuzYFzoc9A0iS6PNkYYsILsCEygHGXJJ7UIZ6AF_2rYlVbFc9wxyWaSUqz72XSCOpylPivQMEqboOHXgqPExjXetcEk65OnqnaukknkP_fGxyhlM0JVg/s320/PB.JPG" border="0" /></strong></a></div><br /><div align="left">Paulo Baptista, animador/locutor da Cidade FM Algarve, apaixonou-se por outro lado do jornalismo. «Personalidade, criatividade e liberdade», são as palavras que, na opinião do locutor, desmistificam um pouco o que é a rádio. </div><br /><div align="left">Inserido no mundo do som, onde a notícia é falada e não escrita, assume que a comunicação sempre foi um objectivo desejado. «Fui muito influenciado por uma professora que me marcou muito, e que me fez ver a área que queria seguir», conta.</div><br /><div align="left">O ex-aluno da UAlg é um apaixonado pelo seu trabalho, numa das rádios mais ouvidas pelos adolescentes, chegando mesmo a afirmar que no seu trabalho gosta de tudo: «Tento divertir-me quando estou no ar e passar a minha personalidade para o outro lado, ser genuíno. Se conseguir tirar um sorriso de um ouvinte, fico muito contente.»</div><br /><div align="left">Está agora na rádio, mas em tempos já experimentou a imprensa escrita, onde as situações mais caricatas lhe passaram entre mãos. «Quando frequentava o curso tecnológico de comunicação, escrevi uma notícia sobre o 25 de Abril, publicada no Diário de Notícias. O Dr. Alberto João Jardim não gostou muito e deu barraca no parlamento regional, foi geradora de mais notícias durante uma semana nos vários meios de comunicação. É o que dá parecer ser do contra mesmo que tenhas 16 anos. Os meus amigos dizem a brincar que vim para o continente repatriado.» </div><div align="left"><br />Paulo Baptista acredita na máxima «Se plantares sementes e cuidares bem delas os frutos vão acabar por aparecer». E desafia os jovens que querem seguir esta profissão a serem pró-activos. Só assim conseguirão alcançar o que desejam.<br /><br /><strong>«É bom que saibamos um bocadinho de cada área, para não sermos ignorantes e conseguirmos ter uma conversa com o entrevistado que vai para além da pergunta -resposta.»</strong> <span style="font-size:85%;">Marisa Rodrigues</span><strong> </strong> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4CHB0X5kgAFaLg45qSmbdEAeIGREx9xgxURDQO4IQq5ukAqDqPQKFf5rpWHqx8KcZLND_68hWjgOk7dJK1RcGIqPo3QlM0jAxcYR4uovUBG-608-InNjAPsWhdsa8B1KlPo44mLgGFOQ/s1600-h/M.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414806125529827202" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 148px; CURSOR: hand; HEIGHT: 122px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4CHB0X5kgAFaLg45qSmbdEAeIGREx9xgxURDQO4IQq5ukAqDqPQKFf5rpWHqx8KcZLND_68hWjgOk7dJK1RcGIqPo3QlM0jAxcYR4uovUBG-608-InNjAPsWhdsa8B1KlPo44mLgGFOQ/s320/M.JPG" border="0" /></a><br /><br />Marisa Rodrigues, jornalista da TVI e correspondente do Jornal de Notícias no Algarve, licenciou-se há 6 anos em Ciências da Comunicação na UAlg. Gosta de informar, é da opinião de que a televisão é muito mais completa, mas que a imprensa escrita lhe dá mais liberdade. «Em televisão temos menos tempo para escrever embora no jornal também tenhamos o espaço limitado pelos caracteres mas é um desafio maior, especialmente quando não temos fotografia e mesmo quando temos, o único suporte é de facto a nossa palavra. Quando se faz jornalismo escrito as palavras têm que ter mais cor do que em televisão porque é só isso que sustenta o nosso trabalho», diz-nos.</div><div align="left"></div><div align="left">«Não consigo é não fazer as duas coisas. Muitas vezes chego à redacção e tenho uma peça de 1minuto e meio para fazer e sinto que a informação que estou a dar é muito incompleta, mas fico descansada porque sei que tudo aquilo que não usei mas que recolhi, vou poder usar no jornal. No meu caso, uma complementa a outra. Já trabalho assim há algum tempo e não me vejo a fazer uma coisa só», conta a jornalista.</div><br /><div align="left">Satisfeita com a oportunidade, assumiu que as disciplinas práticas que teve durante o curso lhe abriram os olhos, na medida em que pôde experimentar um pouco de todas as áreas, e mesmo que seja apaixonada pela televisão e pela escrita, não se sente ignorante noutros registos. Enquanto estudante, participou no PERU (Projecto experimental da rádio universitária), onde exercia a função de repórter de rua. </div><br /><div align="left">Descreve-nos o seu dia como imprevisível. Dependente do que acontece, do que lhe comunicam, da noticia, do momento. E acrescenta que como a TVI Algarve faz a cobertura de todo o Algarve, Baixo Alentejo e Andaluzia pode nem ter tempo para dormir em casa. «Podemos vir trabalhar para Faro de manhã e arriscamo-nos a ir para Espanha e a ter de passar lá a noite, já aconteceu.»</div><br /><div align="left">Humildade, polivalência, não ter medo, ser activo, trabalhador, interessado e estar atento a tudo o que acontece são os conselhos que Marisa dá a todos os que querem ingressar nesta área.<br />“Pegar numa câmara, tirar uma foto, num gravador e fazer o trabalho. Actualmente a qualidade não tem sido muito premiada. É mais a polivalência.»</div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-49596535595141874302009-12-13T10:24:00.000-08:002009-12-13T11:09:57.693-08:00Festival da Batata Doce de Aljezur<div>Por Daniel Lopes, Ivan Cordeiro e Tiago Francisco<br /><br /><strong>A vila algarvia promoveu um fim-de-semana de festa e convívio dedicados aos sabores regionais</strong><br /><br />Mesmo sem o fervor de outros anos, o Pavilhão das Feiras em Aljezur encheu-se de gente e acolheu, de 4 a 6 de Dezembro, o 12.º Festival da Batata Doce. Este ano ficou especialmente marcado pela classificação da batata doce de Aljezur como Indicação Geográfica Protegida (IGP) pela Comissão Europeia. A organização foi responsabilidade da Câmara Municipal de Aljezur e da Associação de Produtores de Batata Doce de Aljezur.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJdSlbaEVRD7nFQFsCbUw4DVXKHCW2CmQkT9uwWZ46iA9hgzDxTf5Cu7phspvaOczWmac9e0qiVuGbhZGx4FLY-usfuwxVKkDbo4zFVwuJg1stuv4Y9KcGFbLBDSVOVXywL_gF_mE8SKU/s1600-h/Batata+doce.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414799991490406546" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 268px; CURSOR: hand; HEIGHT: 217px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJdSlbaEVRD7nFQFsCbUw4DVXKHCW2CmQkT9uwWZ46iA9hgzDxTf5Cu7phspvaOczWmac9e0qiVuGbhZGx4FLY-usfuwxVKkDbo4zFVwuJg1stuv4Y9KcGFbLBDSVOVXywL_gF_mE8SKU/s320/Batata+doce.JPG" border="0" /></a><br />Durante os três dias do festival, o espaço recebeu a visita de milhares de aljezurenses e curiosos que se deslocaram à vila algarvia para provar as delícias feitas à base da tradicional batata doce.<br />Sem direito a animações musicais ou demais espectáculos, o Festival dedicou-se por inteiro à gastronomia da raiz tuberculosa. E a noite mais animada parece ter sido mesmo a da abertura, marcada pela presença de José Amarelinho, Presidente da Câmara Municipal de Aljezur (na foto), dos vereadores de Aljezur e de municípios vizinhos, presidentes de junta, e de Isilda Gomes, Governadora Civil de Faro.<br /><br />Jorge Pacheco, bombeiro da corporação de Aljezur, garante que «o Festival perdeu força quando deixou de ter o perceve». Tudo mudou em 2006. Até então, o Festival era dedicado à Batata Doce e ao Perceve, porém, com os despachos da Portaria nº385/2006, e os que se seguiram, o crustáceo foi retirado do Festival. Apesar dos restaurantes presentes ainda aludirem a um dos ex-libris de Aljezur, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas dificulta a vida aos mariscadores e promove uma época de defeso do perceve que dura entre Setembro e Dezembro, altura em que a batata doce abunda. Consequência directa ou não da decisão, o facto é que em quatro anos o espaço diminuiu e cada vez tem menos barracas destinadas ao comércio local, menos animação, concursos e jogos. «Já não há tantos esforços por parte da Câmara e depois também se começa a notar que há menos visitantes. Antes havia espectáculos à noite e a entrada era paga. Agora é grátis e mais parece uma feira local», nota Jorge Pacheco.<br /><br />Estes despachos servem, nas palavras do Ministério, para evitar a mariscagem desenfreada e sem regras que ameaçava o seu desaparecimento. Arlindo Serafim, dono de um restaurante em Aljezur, disse à Redacção2.3 que deixou «de ir ao mar por causa do Ministério».<br />À pergunta sobre se é mariscador, responde «antes de haver esses despachos, era um mariscador lúdico, fazia daquilo o meu hobby. Mas agora, tive que deixar esse passatempo. Não fui o único a que se viu nesta situação».<br /><br />Ainda assim, António Henrique, Presidente da Associação de Produtores de Batata Doce de Aljezur há largos anos, afasta qualquer decréscimo na fama e sucesso do Festival, afirmando que «o Festival não perdeu em nada com a separação do perceve. É certo que pode ter sido abalado no início, mas agora já ninguém se lembra do Festival conjunto. O mais importante é a batata doce e este ano assistimos a uma excelente qualidade de produção. Aliás, as vendas estão a correr bastante bem».<br /><br />Apesar das opiniões se dividirem entre um sucesso e um fracasso, a organização afirma não ter dúvidas de que os principais objectivos foram alcançados, divulgar a batata doce e dinamizar a economia local. Não é certo que a próxima edição traga de volta a animação e os espectáculos, mas a batata doce estará com certeza de volta a este ex-líbris de Aljezur e um dos mais conhecidos certames do Algarve.</div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-81279841009576394502009-12-04T05:15:00.000-08:002009-12-04T05:48:48.416-08:00<div align="left"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><strong><span style="color:#ff6600;">Por:</span> Grethel Ceballos, Sofia Trindade e Vanessa Costa</strong><br /></div></span></span><span style="font-family:arial;"><div align="center"> </div><div align="center"><br /><span style="font-size:180%;"><strong>EUROPEUS SENTEM-SE DISCRIMINADOS</strong></span></span><br /><br /><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivoprYg7CgiSffW18jcDid52AIx5UCg-wd25ZYu1xnE0w2tX_RKhJiRyt6vosZmYkn0efBv0UMgHLK6Q8DR5JeZXdmOg8OtC9ZPyEc8ATyfVRhDkk8vVSlHtOkTifLH2pC9vdnVAvcS9g/s1600-h/Imagem1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 319px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5411376130409198466" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivoprYg7CgiSffW18jcDid52AIx5UCg-wd25ZYu1xnE0w2tX_RKhJiRyt6vosZmYkn0efBv0UMgHLK6Q8DR5JeZXdmOg8OtC9ZPyEc8ATyfVRhDkk8vVSlHtOkTifLH2pC9vdnVAvcS9g/s320/Imagem1.jpg" /> <p align="center"></a> <span style="font-family:arial;">O EUROBARÓMETRO DE 2009 REVELA QUE UMA EM CADA SEIS PESSOAS NA EUROPA AFIRMA TER SIDO VÍTIMA DE DISCRIMINAÇÃO </span></p><span style="font-family:arial;"><p align="justify"><br />Tatyana (nome fictício) destaca-se pelo tom de pele, muito branco, pelos olhos verdes e pela sua peculiar pronúncia. Chegou a Portugal em 2000, vinda de leste. Abandonou a pátria e há 6 anos que trabalha em Faro, onde vive com o marido e a filha. </p><p align="justify"><br />A vitória de Tatyana não foi só chegar ao nosso país, mas também arranjar trabalho. «Há muito preconceito» diz a emigrante, acrescentando que o factor da idade, ou seja, os seus 46 anos, foi causa de discriminação ao conseguir emprego. </p><p align="justify"><br />A ex-professora é hoje em dia funcionária de limpeza. Depois de muitos «não», está empregada, mas sublinha que apesar de discriminada pela nacionalidade e idade estes trabalhos são dados a pessoas nas mesmas condições que ela, que muitas vezes se subjugam a salários mais baixos, horários maiores e tarefas mais difíceis. «Tenho muitas amigas [de leste] a trabalhar como eu, a fazer o mesmo». </p><p align="justify"><br />«Tatyana» não dá o nome, não se trata de nome. Trata-se de caras, de histórias e ela partilhou a sua connosco. Um exemplo dos muitos casos de discriminação que ilustra a realidade comprovada pelo último estudo europeu neste âmbito.<br /></p><p align="center"><br /><br /><strong>EUROBARÓMETRO MEDE DISCRIMINAÇÃO</strong><br /><br /><br /></p><p align="center"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF_JrDPVs6nC6Xqf5iuBGPx4lxGeFPicVx-B3H6eDxZWt5FDmI0Xt2M2HQDC5G7ejHtzaDt3FjZVmUdYqeTHRjRlf-ygL5VS0_nQHmTeDVAz9EUdG1WXUQ7mt8HwH8ozK_adja2oXs9RU/s1600-h/Imagem2.jpg"><span style="font-family:arial;"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5411375878383832706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF_JrDPVs6nC6Xqf5iuBGPx4lxGeFPicVx-B3H6eDxZWt5FDmI0Xt2M2HQDC5G7ejHtzaDt3FjZVmUdYqeTHRjRlf-ygL5VS0_nQHmTeDVAz9EUdG1WXUQ7mt8HwH8ozK_adja2oXs9RU/s320/Imagem2.jpg" /></span></a><span style="font-family:arial;"> </span><span style="font-family:arial;font-size:85%;">A discriminação baseada na idade é um problema crescente, segundo a maioria dos europeus.<br /></span></p><p align="justify"><span style="font-family:arial;">A UE começou a sondar a opinião pública sobre esta problemática em 2006 como parte de uma campanha para sensibilizar as pessoas para os seus direitos. </span></p><span style="font-family:arial;"><p align="justify"><br />Três anos depois, no mês de Novembro, revelou os resultados do Eurobarómetro sobre «Discriminação na União Europeia». </p><p align="justify"><br />O inquérito efectuou-se durante os meses de Maio e Junho. Ao todo foram inquiridas mais de 27 000 pessoas nos 27 países da UE e em três países candidatos (Croácia, Antiga República Jugoslava da Macedónia e Turquia). </p><p align="justify"><br />Um em cada seis (16%) europeus afirmou ter sido vítima de discriminação (com base na idade, etnia, religião, sexo, e na orientação sexual). A percentagem manteve-se em grande medida inalterada em relação aos valores obtidos em 2008. </p><p align="justify"><br />«A discriminação continua a ser um problema na Europa e a percepção deste fenómeno pelas pessoas manteve-se estável em comparação com o ano anterior», aclarou Vladimír Špidla, o Comissário Europeu responsável pela Igualdade de Oportunidades. «É, nomeadamente, preocupante que a percepção da discriminação baseada na idade esteja a aumentar em consequência da recessão. Estes resultados revelam que, apesar dos progressos alcançados, temos ainda um longo caminho a percorrer se pretendemos sensibilizar as pessoas para os seus direitos em matéria de igualdade de tratamento, em particular a nível nacional, e garantir que a igualdade não seja apenas uma frase vazia, mas possa tornar-se uma realidade», acrescentou.<br />A discriminação contra grupos étnicos é ainda considerada o maior problema, com 61% dos inquiridos a considerá-la comum no seu próprio país. </p><p align="justify"><br />No entanto, surge neste domínio uma preocupação acrescida com o factor idade. 58% dos europeus apontam que este tipo de está generalizada no seu país. Para 64% dos europeus, a actual recessão poderá agravar a discriminação com base na idade que se verifica no mercado de trabalho. </p><p align="justify"><br />Esta preocupação pode ser consequência da situação económica que muitos países europeus vivem, em consequência do abrandamento financeiro. Também pode ser sinal de uma maior consciencialização por parte das pessoas relativamente a esta forma de discriminação.<br />Para denunciar os casos de discriminação, a maioria dos europeus prefere contactar primeiro a polícia (55%), ao passo que 35% optam por recorrer ao organismo nacional competente em matéria de igualdade e 27% a um sindicato. A confiança nas diversas organizações que intervêm na luta contra a discriminação varia fortemente de país para país.<br /><br /></p><p align="center"><br /><br /><strong>PORTUGUESES QUEIXAM-SE DE DISCRIMINAÇÃO SEXUAL</strong><br /></p><p align="center"><br /> </p><p align="center"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDWJ5FlcHFcrRWd3o1vD1QKy-klEgg6a9_MylF5WdStXdC1umhB9wgtNGymv9mkrlvgabXL-zoeBzMbtYZkCUMEwoh7eea2YpuZ6L0iDzroqd7cAfuKFGL_RS_UBmKs_Ckk3oK2WBtW84/s1600-h/Imagem3.jpg"><span style="font-family:arial;"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 270px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5411375552742224770" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDWJ5FlcHFcrRWd3o1vD1QKy-klEgg6a9_MylF5WdStXdC1umhB9wgtNGymv9mkrlvgabXL-zoeBzMbtYZkCUMEwoh7eea2YpuZ6L0iDzroqd7cAfuKFGL_RS_UBmKs_Ckk3oK2WBtW84/s320/Imagem3.jpg" /></span></a><span style="font-family:arial;"><br /><span style="font-size:85%;"><strong>Por terras lusas a orientação sexual é apontada como o principal factor de discriminação no país, à frente da origem étnica e da deficiência.</strong></span> </span></p><span style="font-family:arial;"><p align="justify"><br />Em Portugal foram entrevistadas pela TNS Euroteste 1.020 pessoas. Os dados divulgados pelo Eurobarómetro revelaram que 58% dos portugueses consideram comum a discriminação em função da orientação sexual, enquanto, que em média, os europeus apontaram-na apenas como o quarto tipo mais comum de discriminação. </p><p align="justify"><br />A discriminação devido à origem étnica e a deficiência foram também consideradas habituais pela maioria dos inquiridos, surgindo como os mais importantes tipos de discriminação em Portugal imediatamente a seguir à orientação sexual (57% em ambos os casos). </p><p align="justify"><br />Apenas um em cada quatro portugueses (24%) admite conhecer os seus direitos se for vítima de discriminação ou assédio, sendo este o terceiro valor mais baixo da UE (a par da Polónia e apenas à frente da Bulgária e Áustria), numa média comunitária de 33%. </p><p align="justify"><br />Vladimir Spidla, afirmou ainda que «apesar dos progressos alcançados», ainda existe «um longo caminho a percorrer", sobretudo no sentido de "sensibilizar as pessoas para seus direitos em matéria de igualdade de tratamento, em particular em nível nacional, e garantir que a igualdade não seja apenas uma frase vazia, mas possa se tornar uma realidade».<br /><br /></p><p align="center"><br /><br /><strong>MUITAS ORGANIZAÇÕES E UM ÚNICO OBJECTIVO</strong> </p><p align="justify"><br />Os resultados deste último inquérito Eurobarómetro precederam a realização da Cimeira Europeia da Igualdade deste ano. Foi nos dias 16 e 17 de Novembro que se realizou em Estocolmo a III Cimeira Europeia da Igualdade. Organizado em conjunto pela Presidência Sueca da União Europeia e a Comissão Europeia, este evento anual visou eleger a discriminação e a diversidade como questões prioritárias, ao mais alto nível das agendas políticas da UE e dos governos nacionais, e possibilitar uma partilha de conhecimentos e experiências, tendo em vista a determinação de abordagens mais eficazes para combater todas as formas de discriminação.<br /><br />Esta Cimeira representou apenas um dos esforços realizados na UE no sentido de ajuda a combater a discriminação em relação à religião, idade, deficiência ou orientação sexual.<br /><br />Ainda este ano a campanha «Pela diversidade. Contra a discriminação.» organizou, pela primeira vez, uma série de Dias da Diversidade que tiveram lugar no Chipre, no Luxemburgo, na Suécia e em Portugal. </p><p align="justify"><br />Em Portugal, os Dias da Diversidade decorreram durante quatro dias (15 a 18 de Outubro) no Centro Comercial Colombo em Lisboa, onde foram organizadas actividades para avivar o tema da identidade e da diversidade. </p><p align="justify"><br />Para demonstrar o seu apoio à diversidade e fomentar a sensibilização para a discriminação, entre 2004 e 2005 milhares de pessoas também participaram em maratonas e corridas em cidades da Europa como Roma e Roterdão vestindo as camisolas amarelas da campanha «Pela diversidade. Contra a discriminação.».</p><p align="justify"><br />Presentemente, existem vários organismos nacionais de promoção da igualdade na grande maioria dos Estados-Membros da UE. Estas organizações aconselham pessoas que foram discriminadas e explicam-lhes os seus direitos e a forma como devem apresentar queixa, realizam estudos sobre a discriminação e publicam relatórios sobre o tema, de forma a ajudar a melhorar o conhecimento do problema e contribuir para encontrar soluções. </p><p align="justify"><br />Também existem organizações não governamentais (ONG) activas no campo da discriminação e da diversidade em toda a Europa. Estas ONG promovem a sensibilização para a discriminação.<br />Entre as várias organizações europeias que se debruçam sobre a problemática da discriminação, poderão ser realçadas a YFJ que promove os direitos dos jovens; a ILGA que promove os direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e trangéneros; a AGE que promove os direitos das pessoas idosas; a EDF que promove os direitos das pessoas com deficiência e a ENAR que promove os direitos das pessoas pertencentes a minorias raciais, étnicas ou religiosas. </p><p align="justify"><br />É encorajador verificar que, segundo os dados do Eurobarómetro, distintos mecanismos sociais permitem ultrapassar situações de discriminação. O relatório mostra que os círculos sociais, os esforços realizados a nível da educação e as campanhas de sensibilização estão a contribuir para uma maior aceitação da diversidade. As iniciativas e medidas políticas que procurem basear-se nesta realidade poderão ajudar a combater a discriminação e a promover a diversidade.</span> </p>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-22588699546104187322009-12-04T04:34:00.000-08:002009-12-04T04:40:36.167-08:00«Mensageiros de volta» na UAlgPor Ângela Gago, Lénia Maria, Isa Mestre, Fábio Lima e David Marques<br /><br /><strong>O motivo da sessão era, nas palavras de Vítor Reia-Baptista, professor da Universidade do Algarve, contactar com «um dos maiores factores de Literacia dos Media: a figura do provedor». Foi precisamente nesse sentido que Paquete de Oliveira, Adelino Gomes e Joaquim Vieira, provedores da RTP, RDP e Público, se deslocaram à academia no passado dia 26.</strong><br /><br />Nesta aula aberta que contou com a presença de aproximadamente meia centena de alunos e professores, coube ao presidente do Conselho Executivo da Escola Superior de Educação e Comunicação abrir a sessão. Jorge Santos agradeceu a presença dos convidados e realçou a importância deste tipo de iniciativas para a Universidade.<br /><br />«OMBUDSMAN» era a palavra sueca projectada atrás dos oradores da palestra. No seu sentido literal significa «mensageiro de volta, ou seja, que traz de volta a mensagem», explicou o Prof. Vítor Reia - Baptista. No âmbito do tema desenvolvido ao longo da palestra, Vítor Reia-Baptista, o anfitrião do evento, destacou a importância dos três C’s na literacia dos media. «A literacia é um conjunto de três dimensões: cultural, crítica e criativa», explicitou o professor do curso de Ciências da Comunicação.<br /><br />Em jeito de abertura, os três mensageiros optaram por partilhar com os alunos a sua experiência enquanto provedores dos três meios em que trabalham, realçando as diferenças no exercício das suas funções em rádio, televisão e imprensa.<br /><br />Adelino Gomes, provedor da Rádio Difusão Portuguesa, foi o primeiro a caracterizar o seu papel no mundo dos media: «Ser provedor implica uma dupla função, implica dar voz às críticas, mas por outro lado implica que o provedor tem de ouvir o jornalista».<br /><br />Já Joaquim Vieira, provedor do jornal Público, encara a profissão de um modo um pouco diferente, considerando que «o provedor é o “grilo do Pinóquio”, uma espécie de voz da consciência que alerta os jornalistas para situações erradas».<br /><br />Por sua vez, Paquete de Oliveira, da televisão pública, procura «desempenhar esta função como mediador entre quem faz televisão e quem vê televisão, provocando uma interactividade forte entre os telespectadores». Ainda assim, no universo da provedoria, «o papel de mediador nem sempre é fácil» pois «os jornalistas não gostam de alguém a ‘olhar por cima do ombro’, a criticar o que eles produzem», opinou Joaquim Vieira.<br /><br />Aproximando-se o final da palestra, abriu-se espaço para um debate aceso onde tanto docentes como alunos assumiram o papel de “telespectadores” e onde os oradores desempenharam o papel de «verdadeiros ´fios do back’ dos processos de comunicação dos media», como rematara Vítor Reia-Baptista, brincando com as palavras.<br /><br />A discussão abrangeu temas dos vários domínios da comunicação, entre os quais a separação entre as notícias e a publicidade. «Devia existir uma divisão entre a publicidade e os conteúdos editoriais. É como haver separação entre a Igreja e o Estado», opinou Joaquim Vieira.<br /><br />Na hora de fazer um balanço da sua actividade, os provedores foram unânimes: «as pessoas que estão satisfeitas escrevem aos directores e escrevem aos provedores as que querem reclamar, criticar e não aplaudir. É positivo pois consideram o provedor o seu porta-voz», conclui Paquete de Oliveira. «Sinto o feedback dos leitores pelo meu trabalho, penso que isso é positivo», concorda Joaquim Vieira.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-90596191012090560672009-12-01T11:57:00.000-08:002009-12-04T11:35:16.845-08:00valter hugo mãe: «Escrevo com a convicção de que é o melhor que posso dar aos outros»Por Isa Mestre<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD2pz-evsxN2CmpHMeFAq6C1dMBq7ACgMmXEEgqZvp-xNEO8aqgZzXmUAEzILM9c9y9LHSq8B3YRLPoTMTiEpSTcb5DfrWwN9KyskacXw6qt4KC9QkWGogDOzUUzUOmr5UMaRr2Us0ozk/s1600-h/valter01.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 257px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5411466546175284914" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD2pz-evsxN2CmpHMeFAq6C1dMBq7ACgMmXEEgqZvp-xNEO8aqgZzXmUAEzILM9c9y9LHSq8B3YRLPoTMTiEpSTcb5DfrWwN9KyskacXw6qt4KC9QkWGogDOzUUzUOmr5UMaRr2Us0ozk/s320/valter01.jpg" /></a><br /><div><br /><br />Quando o leu pela primeira vez Saramago disse ter tido a clara sensação de «estar a assistir a um novo parto da Língua Portuguesa». valter hugo mãe, vencedor do Prémio Saramago em 2007, nascera trinta e cinco anos antes da distinção, na humilde cidade de Saurimo, em Angola. Hoje, em entrevista, o escritor que agitou os sismógrafos da literatura portuguesa abre-nos a porta dos seus pensamentos e deixa-nos antever uma nesga dos projectos futuros. Paciente, simples e profundo, o escritor português diz buscar apenas «tudo quanto existe dentro de si e dos outros». Rejeita a palavra triunfo e encara a sua afirmação no panorama literário português com a única tradução da palavra sucesso em que acredita: gratidão.<br /><br /><strong>Redacção 2.3: Conte-nos um pouco acerca do seu percurso literário… Que dificuldades enfrentou? Como conseguiu triunfar no mundo da literatura nacional? O que sentiu ao ver um livro seu publicado pela primeira vez</strong>?<br /><br /><strong>vhm:</strong> Não gosto da palavra triunfo, parece que estou em alguma corrida ou concurso. Parece que para eu ganhar alguém teria de perder. Não vejo as coisas assim, trabalho no que sempre quis, escrevo com a convicção de que é o melhor que posso dar aos outros. Se acontece de os meus livros serem cada vez mais lidos, talvez seja da natureza do tempo, da natureza dos que persistem e acreditam em algo.<br /><br /><strong>R2.3: A ausência de maiúsculas é uma das características da sua escrita. É um modo de criar um estilo próprio ou apenas uma preferência ao nível literário?</strong><br /><br /><strong>vhm:</strong> Tem que ver com muita coisa. Com a aceleração do texto, a mesma dignificação das palavras, a limpeza formal e o desafio literário que me coloca.<br /><br /><strong>R2.3: Foi vencedor de dois dos prémios mais conceituados em Portugal: o Prémio de Poesia Almeida Garrett e o Prémio Saramago. Sente de alguma forma o peso do seu sucesso?<br /></strong><br /><strong>vhm:</strong> Sinto-me grato. Talvez essa possa ser uma tradução da palavra sucesso em que acredito: a gratidão.<br /><br /><strong>R2.3: Como caracterizaria o valter hugo mãe que encontra quando escreve?</strong><br /><br /><strong>vhm:</strong> Um rapaz com uma necessidade profunda de encontrar tudo quanto existe dentro de si e dos outros. Muito ansioso no acto da escrita, muito paciente e calmo para a vida dos livros.<br /><br /><strong>R2.3: Como é ser escritor no século XXI?</strong><br /><br />vhm: Talvez usar de uma maior rapidez. Não sei. O Camilo escreveu como um escravo, foi rápido, sem dúvida. Não sei. Mas acho que, no que me diz respeito, sinto o nosso mundo como profundamente acelerado em relação ao que terá sido até décadas atrás. Na torrente, escrever neste tempo é estar sujeito (ou poder estar) a uma vertigem que traz novos ritmos para a escrita e para a leitura.<br /><br /><strong>R2.3: Em duas palavras, como caracterizaria a literatura portuguesa?</strong><br /><strong>vhm:</strong> Muito boa.<br /><br /><strong>R2.3: José Saramago afirmou, em 2006, que o seu romance remorso de baltazar serapião se tratava de uma revolução. O Nobel diz ter tido a sensação de estar a assistir a um novo parto da Língua Portuguesa. Considera-se rebento de uma nova geração de talentos?<br /></strong><br /><strong>vhm:</strong> Hummm. Faço parte de uma geração, mas já não acho que seja mesmo a nova. Estou com 37 anos e careca. Isso de dizerem que sou um jovem escritor é só porque há gente mais velha. Mas a nova geração de escritores já são outros. Eu talvez faça parte de uma geração que, subitamente, se demarca. Também tem que ver com o tempo. É o tempo de o público descobrir o nosso trabalho. Tarda nada, viramos clássicos (se tivermos mesmo sorte) e depois o público vai querer saber de gente que já nasceu depois de nós. É natural.<br /><br /><strong>R2.3: A sua poesia está traduzida em países como Espanha, Brasil, República Checa, Tunísia, Israel e até mesmo Estados Unidos. Qual a sensação de ser lido um pouco por todo o mundo?</strong><br /><br /><strong>vhm:</strong> É bom, isso de podermos comunicar com um público tão lato que ultrapassa já fronteiras e línguas. No entanto, cria também algumas angústias. O processo de tradução revela sempre algumas dificuldades em reproduzir o mesmo efeito numa língua diferente. Mas vamo-nos habituando. Faz parte.<br /><br /><strong>R2.3: Qual a mensagem que pretende passar ao mundo com a sua escrita?<br /><br />vhm:</strong> Muitas. Talvez a mais permanente é a de que considero que devemos acreditar e exigir mais da humanidade, em detrimento de ilusões religiosas e políticas de ego.<br /><br /><strong>R2.3: Que projectos podemos esperar para o futuro? Está para breve o lançamento de um novo livro?</strong><br /><br /><strong>vhm:</strong> Estou a escrever o meu novo romance (ainda sem título). Deverá sair apenas em 2010. Entretanto foram publicados pela Booklândia dois livros meus para crianças, «A verdadeira história dos pássaros» e «A história do homem calado». Estou muito entusiasmado com estes livros e quero seguir a colecção com novos títulos. Sempre quis escrever para os mais novos, agora sinto que chegou o tempo de o fazer.</div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-38945723748740587472009-12-01T10:11:00.000-08:002009-12-01T10:22:26.203-08:00Alentejo ecológico: aldeia solar em Odemira<span style="font-size:85%;">Por Grethel Ceballos</span><br /><br /><strong>Uma aldeia solar experimental, construída em pleno Alentejo, está a ser testada por uma eco-comunidade. O projecto recorre a vários protótipos tecnológicos para tornar uma comunidade de 50 pessoas auto-suficiente a nível energético.</strong><br /><br /><strong>Autonomia energética</strong><br /><br />Quem avança alguns quilómetros por uma estrada de terra batida, próxima de Colos, em Odemira, depara-se com um cenário diferente ao esperado. A inovação tecnológica imiscui-se com a paisagem campestre. Numa área com mais de 150 hectares, em Tamera, encontra-se o campo de testes de uma Aldeia Solar.<br /><br />O projecto iniciou-se no mês de Outubro e terá a duração de um ano. A responsabilidade é da eco-comunidade de Tamera, que pretende demonstrar que, sem a utilização de combustíveis fósseis ou poluentes, é possível efectuar variadas tarefas domésticas, tais como «bombear água, produzir e cozinhar alimentos, aquecer e iluminar as casas».<br /><br />A aldeia solar é um modelo alternativo para uma futura comunidade ou aldeia da paz, que pode ser generalizado e erigido em qualquer lugar na Terra que tenha uma quantidade de luz solar razoável. O motivo da escolha da região alentejana é evidente: está privilegiada em exposição solar.<br /><br />«A ideia é viver um ano inteiro com esta tecnologia, ver como funciona e encontrar os pontos fracos e fortes, para poder projectar um modelo para a Tamera inteira», onde vivem mais de 150 pessoas, explicou à Agência Lusa Barbara Kovats, coordenadora da Aldeia Solar.<br /><br /><strong>Protótipos tecnológicos</strong><br /><br />A aldeia solar experimental, que visa a auto-suficiência energética de 50 pessoas, conta, por exemplo, com uma estufa multifuncional que possibilita o cultivo de alimentos com pouco consumo de água. Ainda, aquece óleo vegetal que é acumulado num receptáculo.<br />Junto da cozinha, construída no âmbito do projecto, um espelho, com cerca de dois metros de diâmetro, desperta a curiosidade: «É um espelho de foco fixo, que vai reflectir o Sol para um tacho próprio, que aquece água em cerca de 30 minutos», explica Fabian Deppner, também membro da Tamera e colaborador no projecto. Outro protótipo em testes no Alentejo é a bomba de água, que trabalha, à semelhança dos restantes sistemas, apenas com energia solar termal.<br /><br /><strong>Eco-aldeias</strong><br /><br />Uma eco-aldeia, pequena comunidade de indivíduos numa estrutura social coesa, está sedimentada em três dimensões: comunidade, ecologia e espiritualidade. O objectivo é promover um estilo de vida aos seus membros em harmonia com a Natureza.<br /><br />Apesar da propagação do conceito nos últimos anos, as comunidades humanas sustentáveis ainda dão passos tímidos em Portugal, e a maioria das pessoas parece não estar preparada para abdicar do seu estilo de vida actual.<br /><br />Porém, já está em fase de formação a Rede Portuguesa de Eco-aldeias e Comunidades Sustentáveis, a cargo da organização Global Ecovillage Network. O objectivo é «promover o desenvolvimento de comunidades humanas sustentáveis em território Nacional, facilitar a troca de informações e a colaboração entre todos os membros portugueses pertencentes à rede mundial, e disseminar o conceito de eco-aldeia, práticas e centros de demonstração». Esta rede pretende «encorajar sistemas que integrem ecologia, educação, mecanismos de participação em decisões, espiritualidade, bem como tecnologias e negócios ecológicos».<br /><br />Até ao momento, em Tamera utilizam-se energias à base de combustíveis fósseis. A próxima etapa do projecto será granjear patrocinadores, para desenvolver a tecnologia e planejar sua proliferação.<br /><br />E no seu caso, se comprovada a viabilidade do projecto, será capaz de abandonar a sua vida actual e aderir a uma eco-comunidade? <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5410334084787533938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 190px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghTBaxTLKAqmPniU-xeEXuyA1DWMFgB3yGBkyf1v87-nGQi3yTJrMSB8LRnXQdA5kYJ4jvWiRh3Kx-a2ESujEPTSfOQT-BfuRF8xKwpHAoozedXBPvS7O3tk_O7s2vGBamcdaoQVmkCyY/s320/Imagem1.jpg" border="0" /><br /><p align="center"><span style="font-size:78%;">As tecnologias utilizadas na Aldeia Solar foram na sua maioria inventadas pelo alemão Jürgen Kleinwächter, que colabora com esta comunidade residente no Alentejo, que acaba por ser o seu «campo de ensaio».</span> </p>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-11782200584457574192009-11-30T11:39:00.000-08:002009-12-03T15:37:21.950-08:00João Guerreiro reeleito reitor com maioria<div><strong>Por Raquel Rodrigues e Marta Miranda</strong><br /><br /><strong>João Guerreiro foi reeleito reitor da Universidade do Algarve no passado dia 17 de Novembro. Eleito pelo Conselho Geral com 21 votos de 35 possíveis, ganhou com maioria aos seus concorrentes, Helena Pereira, com 7 votos, e Rodrigo Magalhães, com apenas 4 votos. A eleição foi ainda marcada por 2 votos em branco e pela falta de comparência de um dos membros do conselho.</strong><br /><br />À saída da sessão eleitoral, Fernando Ulrich, Presidente do Conselho Geral da UAlg, considerou que o processo eleitoral decorreu conforme o previsto, sem qualquer incidente. «Tivemos três candidatos muito fortes, com currículos importantes, salientou, acrescentando que «os programas de acção também foram de grande qualidade». No final, a escolha recaiu sobre o Prof. João Guerreiro, que se recandidatou ao cargo após ter sido eleito em 2006 e ter apresentado em Junho passado a sua demissão.<br /><br />Depois de ter sido informado da sua reeleição, João Guerreiro não deixou de salientar o seu objectivo primordial para a UAlg, promover a internacionalização de instituição, pois segundo afirmou: «temos de alargar os nossos horizontes, de forma a captar estudantes nas áreas em que somos bons. Este salto para fora da região, é fundamental para a afirmação da UAlg».<br /><br />A internacionalização da instituição não visa só o campo da investigação e da promoção de pós-graduações, mestrados e doutoramentos com universidades de outros países, mas também o alargamento do recrutamento de novos estudantes «a outras regiões da Europa». «Temos protocolos com 150 universidades, mas o que interessa é ter um núcleo duro nas principais áreas de investigação da universidade», salientou João Guerreiro afirmando ainda as suas prioridades para este mandato: «vamos valorizar as ciências do mar, a biomedicina e medicina, o turismo, as energias, as telecomunicações, a literatura e a história».<br /><br />O reitor reeleito sublinhou também que «esta internacionalização é uma linha de desenvolvimento fundamental para a UAlg para criar dimensão, escala e, no fundo, espessura naquilo que é a nossa investigação. Mas também é uma fonte de financiamento. Não lançamos as linhas de internacionalização com esse fim, mas há esse benefício associado». Todos estes objectivos serão para realizar a longo prazo, pois agora há que reforçar mais o trabalho na estrutura interna da instituição, com o objectivo de fazer cumprir os novos estatutos da UAlg aprovados em 2008.<br /><br />João Guerreiro está ciente deste trabalho que de ser realizado: «o que teremos de fazer, de imediato, é consolidar a estrutura interna. Temos novos estatutos que ainda estão implantados a meio gás. Temos de aliar todas estas coisas e arranjar os melhores mecanismos para o conjunto dos órgãos funcione na perfeição. Na parte orgânica, isso obriga também a definir e a aplicar um conjunto de soluções informáticas que permitam agilizar o circuito interno de informação. Esta é uma parte pesada que vai tomar boa parte do mandato», apontou.<br /><br />O Professor revelou ainda que novos projectos e objectivos estão a ser desenvolvidos para a UAlg ao abrigo do contrato que o ministério do Ensino Superior propôs às universidades, referindo «é uma iniciativa que nos permitirá reequilibrar o subfinanciamento das universidades». Nos próximos 30 dias será realizada uma cerimónia onde o actual reitor irá ser reempossado, com data a marcar pelo próprio.<br /><br />Nos objectivos apresentados, João Guerreiro não esqueceu o seu projecto mais polémico, o de unir os campi universitários de Faro num só, com o objectivo de controlar os gastos e simplificar a estrutura da instituição. Fica no ar a ideia de que esta promessa poderá ser cumprida já neste mandato.<br /><br /><strong>O «nosso» reitor</strong> </div><div><br /><strong>Por Grethel Ceballos, Sofia Trindade e Vanessa Costa</strong><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5411157486836896242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 302px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEify66w2NFgZLDiDTJrw8AsfYArL-FbDhP_Bnq4g8Fy9DXQpHJAM9esDWXouJdFX0ILUkYfV_cOb5OjjtC8Uk7lK6s_1zY7wtSvdwAbqfqvw3Os9NDAwro1BJeiV_yGbnwhlqXlBQh0-5w/s320/Imagem2.png" border="0" /><br /><strong>Dado que nesta decisão os alunos da UAlg não tiveram muito voto na matéria, a Redacção 2.3 foi saber se (re) conhecem o «novo» Reitor João Guerreiro.</strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbeHAyRxpdg00wjqBg_S2mgJB6fE-R6v5UuBYZgX7tX3NmaJEmWtDTVnuq85TetLpZE_M9d0eL0c-6GASEQuvDmSJAZNVFq6_fZdlLZz2CD3LecRIJYAwnG9E8sNOv3csjoocMy4Hf18I/s1600/JG.JPG"></a><br /><br />O espírito crítico e capacidade de intervenção são ensinados a todos os estudantes a par das matérias, mas mesmo assim há alunos aos quais a eleição para o cargo de Reitor da UAlg passou ao lado, como constatámos. Em oposição a respostas tais como «não conheço» ou um simples «não», hesitações ou ainda jogos de um-dó-li-tá com os três candidatos, encontrámos alunos conscientes do marco decisivo que as eleições representam para a comunidade académica.<br /><br />Críticas, foram maioritariamente as respostas, mas críticas construtivas, que pretendem guiar o reitor na construção de um espaço que cumpra os requisitos de todos, e no qual todos se sintam bem, para aprender e não só. Alguns alunos estão desanimados com o trabalho do reitor no último mandato, como João Marujo que o considera «um trabalho com pouco pulso porque ele foi basicamente eleito pelos alunos e deixou com que o conselho geral tivesse menos representatividade por parte dos mesmos». Outros esperam que as suas medidas sejam mais visíveis, como comentou Tânia Marques «aguardo que faça alguma coisa que eu veja, que faça alguma coisa e que os alunos tenham noção disso, não é?».<br /><br />A pergunta desta estudante conduz-nos a outra, «porque é que Gambelas é tão diferente da Penha se todos pagamos as mesmas propinas?», lançada pela estudante Joana Gonçalves e rematada nas palavras de João Marujo, mas presente em todos os estudantes, «espero que ele diminua a discrepância que existe entre as Gambelas e a Penha e respeite a Constituição Portuguesa onde diz “ensino superior tendencialmente gratuito”». Mas não basta reconhecer o reitor, há que identificar as medidas do seu último mandado e julgá-las para que o dever e obrigação de reivindicação para com a universidade seja feito conscientemente.<br /><br /><strong>Mudam-se os tempos, mantêm-se as vontades</strong><br /><br />Eleito pela primeira vez em 2006, João Guerreiro, em entrevista concedida ao Diário Online, apresentou suas metas a cumprir durante o mandato, que recaíam sobretudo sobre o alargamento da oferta de cursos e pós-graduações. Em plena adaptação ao Processo de Bolonha, as áreas das Energias Renováveis, Artes, Medicina e Língua Portuguesa formavam então as principais apostas para o reitor, «para além de mantermos o que existe, os [cursos] de primeiro ciclo e licenciaturas». O prometido curso de Medicina que, segundo João Guerreiro, «ao fim e ao cabo, trata-se de uma pós-graduação de quatro anos», recebeu em 2009 os primeiros alunos. Embora tenham surgido novos cursos, outros também deixaram de existir. Na altura, João Guerreiro referia que, em relação ao funcionamento interno da UAlg, havia «muito a fazer».<br /><br />O reitor apresentou sua demissão em Junho de 2008, no sentido de repor a legalidade estatutária do Conselho Geral. Em conversa com o Barlavento e a RUA FM, apontava que a adaptação do seu programa teria sido «perturbada», pelo processo de aplicação do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Nessa mesma entrevista, o reitor defendia que, a nível financeiro, «o pior já terá passado». Quando questionado pelo jornal O Canudo acerca das estratégias que utilizaria para fazer face aos problemas financeiros da UAlg numa reeleição, João Guerreiro reiterou que espera um aumento dos recursos financeiros através do «aumento do financiamento do ensino superior com origem no Orçamento de Estado, da criação de projectos inovadores (…) e da formação de parcerias com o mundo das empresas e das instituições».<br /><br />O programa de acção para a recandidatura de João Guerreiro orientou-se essencialmente no sentido de atingir dois objectivos gerais - «Concluir a instalação da totalidade dos órgãos» e «Projectar a Universidade». Como prioridades centrais, o reitor revelou a urgência no «acompanhamento e acreditação dos cursos e a preparação das propostas a apresentar ao Programa Erasmus Mundus» e na «adopção da nova estrutura orgânica». Estas metas pretendem-se ver cumpridas através de um Plano Estratégico composto por nove questões, algumas das quais: consolidar a oferta de graus e de diplomas, promover a investigação científica, aprofundar a internacionalização, adoptar uma prática de avaliação continuada, e reordenar os campi da Universidade, melhorar algumas instalações e garantir a manutenção das infra-estruturas.<br /><br />São estes os planos a cumprir para que a Universidade do Algarve faça história no campo do ensino superior em Portugal. Uma universidade com um passado recente, com um presente reforçado pelo trabalho que reitor e alunos pretendem desenvolver, e um futuro promissor.Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-55870516121473264062009-11-27T03:02:00.000-08:002009-11-27T03:03:15.475-08:00VIAGEM À HISTÓRIA DO CINEMA<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Pf6w_eP4a1s&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Pf6w_eP4a1s&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-45386030115695912142009-11-16T07:11:00.000-08:002009-11-16T07:20:13.102-08:00Muro de Berlim caiu há 20 anos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBttWPoEALFsFvIO-R43VVfARf-DKhg0SpoZBZIkzpfLzjHceXqbCURSfS6fwisFCyB_OR8_k9m-TrPGvB59eCzr4h3MMlhJ93nZ_bLSrrhQBqXk4ImmdQ4-qCbE34Obu2vk9RxBMO29g/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404720728486715698" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBttWPoEALFsFvIO-R43VVfARf-DKhg0SpoZBZIkzpfLzjHceXqbCURSfS6fwisFCyB_OR8_k9m-TrPGvB59eCzr4h3MMlhJ93nZ_bLSrrhQBqXk4ImmdQ4-qCbE34Obu2vk9RxBMO29g/s320/Sem+t%C3%ADtulo.JPG" border="0" /></a>Por: Daniel Lopes, Ivan Cordeiro e Tiago Francisco<br /><br /><div><strong>O Muro de Berlim separava a República Federal Alemã da República Democrática Alemã</strong><br /><br /><p>Marcou uma geração, separou famílias e amigos, causou a morte a centenas de alemães e arrastou consigo uma nação inteira. Conhecido por muitos como o «Muro da Vergonha», esse verdadeiro marco do século XX caiu há 20 anos, a 9 de Novembro de 1989, e só assim a Alemanha se voltou a unir, só assim a Europa se reunificou.<br /><br />Edificado pela República Democrática Alemã, o muro circundava a parte da capital alemã que se encontrava ocupada pelos Estados Unidos da América, Grã-Bretanha e França. Construído a 3 de Novembro de 1961, tinha mais de 66km de comprimento e, durante 28 anos, teve como objectivo impedir a saída dos habitantes de Berlim Oriental para Berlim Ocidental. António Camacho, de 51 anos, conta a história de um familiar que estava emigrado na Alemanha, «Uma tia minha tinha-se mudado para Berlim em 58 e quando construíram o muro ela nem quis acreditar, de um dia para o outro deixou de poder atravessar aquelas ruas como fizera tantas vezes. As autorizações para atravessar o muro eram bastante complicadas». Durante 28 anos teve medo de a ir visitar, «Quando o muro caiu, foi ela que nos deu a notícia lá em casa. Ligou, toda contente, a convidar-nos para lá ir passar uns dias. As histórias de fuzilamentos e fugas concretizadas são inúmeras, não consigo imaginar quantos terão morrido por lá».</p>Passadas duas décadas após a sua queda, o governo alemão decidiu criar um muro em dominó para assinalar uma das efemérides mais importantes da história do país. Numa cerimónia em que Angela Merkel, chanceler alemã, foi a figura em maior destaque, estiveram presentes os dirigentes de todos os países membros da União Europeia, o russo Dmitri Medvedev, o polaco Lech Walesa, Hillary Clinton, a representar os Estados Unidos da América, e Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral da União Soviética em 89, a quem coube a honra de empurrar o dominó. As comemorações ainda incluíram música e um ambiente de festa, que nem a chuva que caía em Berlim conseguiu estragar.<br /><br />Por Portugal, também 9 de Novembro de 2009 ficou marcado pela queda de um muro. No Estádio da Luz o Benfica recebeu a Naval 1.º de Maio e, após 51 ataques e 27 remates, conseguiu adiantar-se no marcador e alterar o zero a zero inicial. Compostas por 11 homens vindos da Figueira da Foz, as tropas comandadas por Augusto Inácio construíram uma poderosa barreira que só caiu ao 89.º minuto. Terá sido inspiração ou simplesmente uma coincidência? Os únicos factos constatados foram as comemorações pelas quedas dos muros.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Fontes</span><br /><span style="font-size:78%;">Globo.com: </span><a href="http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1368137-17398,00.html"><span style="font-size:78%;">http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1368137-17398,00.html</span></a><br /><span style="font-size:78%;">Euronews: </span><a href="http://pt.euronews.net/tag/queda-do-muro-de-berlim/"><span style="font-size:78%;">http://pt.euronews.net/tag/queda-do-muro-de-berlim/</span></a><br /><span style="font-size:78%;">Visão: </span><a href="http://aeiou.visao.pt/canal-historia-recorda-queda-do-muro-de-berlim=f536097"><span style="font-size:78%;">http://aeiou.visao.pt/canal-historia-recorda-queda-do-muro-de-berlim=f536097</span></a></div>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2690406074301174275.post-21180765732508115392009-11-13T03:37:00.000-08:002009-11-17T13:13:08.922-08:00O Parkour «é mais do que um desporto»<strong><span style="color:#ff6600;">Por:</span></strong> Grethel Ceballos, Sofia Trindade e Vanessa Costa<br /><br /><strong>O Parkour, ou «<em>l'art du déplacement</em>», tem como princípio elementar a deslocação de um ponto a outro com a maior rapidez e eficácia possível. Oriundo de França, surgiu na década de 80 com o objectivo de ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos a pedras, grades e até paredes. Apesar da crescente adesão por parte dos jovens, esta nova forma de expressão, ou tipo de desporto, está rodeada de polémica. Os traceurs Dace e CKK contaram à Redacção 2.3 a sua experiência e explicaram como caem seguros no que lhes dá tanto gosto fazer.</strong><br /><br /><div><embed style="WIDTH: 426px; HEIGHT: 320px" name="flashticker" type="application/x-shockwave-flash" align="middle" src="http://widget-48.slide.com/widgets/slideticker.swf" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=ok&il=1&channel=144115188096553032&site=widget-48.slide.com"></embed> <div style="TEXT-ALIGN: left; WIDTH: 426px"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=ok&ct=1&at=un&id=144115188096553032&map=1" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-48.slide.com/d1/144115188096553032/ok_t047_v000_s0un_f00/images/xslide12.gif" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=ok&ct=1&at=un&id=144115188096553032&map=2" target="_blank"><img border="0" src="http://widget-48.slide.com/d2/144115188096553032/ok_t047_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" /></a></div></div><br /><br /><strong>R2.3: O que é para vocês o Parkour?</strong><br /><strong>Traceur Dace:</strong> Do ponto de vista físico, o Parkour consiste em chegar do ponto A ao ponto B o mais recto possível, sem fazer qualquer desvio. Do ponto de vista psicológico é ultrapassar todas as barreiras, visando sempre a evolução. Tornamo-nos cada vez melhores, mais conhecedores de nós próprios, mais capazes e visamos nunca desistir...<br /><br /><strong>Traceur C.K.K:</strong> Parkour para mim é mais do que um desporto. É mais uma maneira de ver a vida do que um desporto. Para quem faz Parkour, um obstáculo é algo que se tem de ultrapassar, e não que se deve evitar ou contornar. Em Parkour, um obstáculo serve para nós evoluirmos, para nós próprios desbloquearmos a nossa mente e sabermos os nossos limites.<br /><br /><strong>R2.3: Como se iniciaram nesta modalidade?</strong><br /><strong>Dace:</strong> Para dizer a verdade, houve uma passagem de ano que não prestou para nada (risos). Eu e mais dois amigos lembrámo-nos de começar a treinar algo que tínhamos visto em vídeos que se chamava Parkour, mas não sabíamos realmente o que era. Para nós eram saltos e pronto. Começámos a treinar, mas não valíamos nada (risos). Demos pequenos saltos, mas gostámos bastante. Começámos a treinar e, a partir daí, a aprender mais. Conhecemos os <em>vaults,</em> ou os truques. Aprendemos a importância do Parkour, a sua filosofia e a componente mental. Ao fim de seis meses, num treino a que eu não fui, o C.K.K foi treinar. Havia uma parede que diziam ser impossível de subir... Disseram-lhe para tentar, e ele subiu aquilo de uma maneira melhor do que todos nós. A partir daí ele viu que conseguia fazer coisas que pensava não conseguir realizar. E acho que toda gente consegue fazer muito mais do que imagina, e não se atreve a tentar porque pensa que é difícil.<br /><br /><strong>Saltam pela aventura e correm contra o medo</strong><br /><br /><strong>R2.3: O que sentem ao praticar Parkour?</strong><br /><strong>C.K.K:</strong> Quando faço Parkour basicamente o que sinto é liberdade. Sinto que tenho a mente aberta para tudo, sinto que estou a voar (entre aspas). Sinto-me leve...<br />Dace: Realmente, quando faço Parkour, o principal sentimento é o de liberdade. Especialmente a liberdade da sociedade, porque estou fora do “normal”. Também liberdade de espírito porque estou a evoluir. Estou a ultrapassar barreiras. É também muita adrenalina... Por outro lado, muito medo que vai sendo transporto.<br /><br /><strong>R2.3: Os <em>traceurs</em> são alvo de muita crítica, como sentem que são encarados pela sociedade?</strong><br /><strong>Dace:</strong> Aos olhos da sociedade nós somos vândalos, completamente, excepto quando há exibições. Aí somos “meninos lindos”, fora isso somos sempre vândalos.<br /><br /><strong>R2.3: Apesar dessa visão, em Portugal o Parkour tem ganho cada vez mais adeptos, já se pode falar numa comunidade?<br />C.K.K:</strong> Fazer Parkour cá é uma coisa boa porque não há muitas pessoas a praticar de facto. Mas existe sim uma comunidade onde basicamente toda a gente se conhece. Ajudamo-nos uns aos outros. Há sempre encontros, e para estarmos todos juntos é um bom convívio.<br /><br /><strong>R2.3: Que características deve ter um <em>traceur</em>?</strong><br /><strong>C.K.K:</strong> O Parkour é muito fascinante, mas há um aspecto que muitas vezes as pessoas desconhecem. É a parte, talvez das mais importantes, em termos físicos. Refiro-me à flexibilidade. Muitos pensam “qualquer pessoa faz isso”, mas não, requer muito esforço físico, treino, “muitos trabalhos de casa”. Como nós dizemos, sempre a dar no duro para podermos ter uma boa condição física. Quem não tem uma boa condição física é prejudicado, pois está a destruir o seu próprio corpo (...) porque não se prepararam para aquilo que estão a tentar fazer.<br /><br /><strong>R2.3: E para quem quer aventurar-se no mundo do Parkour, do que é que necessita</strong>?<br /><strong>Dace:</strong> Para quem pensa começar a fazer Parkour convém infomar-se primeiro, e treinar muito. Basicamente do que precisam é uma roupa de treino, umas sapatilhas. Averiguem as sapatilhas apropriadas para não danificar os pés e as articulações, porque não existem sapatilhas especiais para Parkour. Umas são mais apropriadas do que outras. Não convém usar luvas, mas sim punhos, para aquecer as articulações. Parkour é um dos desportos mais baratos que há e o mais gratificante.<br /><br /><a href="http://multimedia2ponto3.blogspot.com/2009/11/o-parkour-e-mais-do-que-um-desporto.html"><strong><span style="font-family:arial;">VER VÍDEO</span></strong> </a>Redacção 2.3http://www.blogger.com/profile/14656219983757920436noreply@blogger.com0