Por: Inês Calhias, Joana Varela, Joana Sousa e Mafalda Ferreira

O Dia Mundial da Alimentação comemorou-se a 16 de Outubro e a Redacção 2.3 quis saber quais os hábitos alimentares da comunidade académica da Universidade do Algarve (UAlg). Grande parte dos estudantes não pratica uma alimentação saudável.

“Não tenho uma alimentação equilibrada porque passo a maior parte do dia na escola e só como porcaria”, confessa Ana Sousa. A sua experiência é partilhada por grande parte dos alunos da sua faixa etária, entre os 19 e 20 anos. Já Catarina Taveira afirma ter um regime mais rigoroso: “Costumo ter muita preocupação com a alimentação e, por acaso, estou a fazer dieta”.

A média de refeições por dia dos alunos varia entre 3 e 6, sendo que alguns dispensam a considerada refeição mais importante do dia. “Às vezes não tomo o pequeno‑almoço”, reconhece Hugo Pereira. E aqueles que ainda têm por hábito tomá-lo fazem-no na universidade, como constata João Guerreiro: “Costumo comer o pequeno‑almoço na escola”.

Um dos hábitos alimentares que predomina entre os alunos é comer fast-food, muito embora varie o número de vezes que o fazem por semana. A maioria dos alunos opta por este tipo de alimentação entre 2 a 4 vezes por semana, mas há quem o faça com muito mais frequência. “Como fast-food pelo menos duas vezes por dia”, afirma João Guerreiro. Já Cesarina Sousa, funcionária da Universidade de 43 anos, afirma: “Não costumo comer fast-food. Por vezes é apenas três vezes por ano”, um indicador de que este tipo de refeições é tendencialmente característico da faixa etária dos jovens estudantes.

No que respeita aos locais de restauração mais frequentados pelos alunos, tanto dentro do Campus como nas cantinas e bares nas imediações, Isabel Planeta, funcionária no Bar da ESEC, também é da opinião que “os alunos não têm uma boa alimentação porque comem muita porcaria”. São diversos os produtos alimentares vendidos neste estabelecimento, desde sumos, iogurtes, sandes, sopa, croissants, cachorros, hambúrgueres, fruta, e quando questionada sobre se deveriam ser postos à venda produtos mais saudáveis no bar, Isabel considera a escolha suficiente, acrescentando que é feita a inspecção ao bar todos os meses.

Também na cantina do Campus da Penha se pratica um regime de alimentação saudável. Todos os dias são postos ao dispor dos alunos um prato de carne, um prato de peixe e um prato de dieta, com a preocupação de não fazer muitos fritos e gorduras, mas sim “mais cozidos e guisados”, como nos assegura Lurdes Policarpo, funcionária desta cantina. Acerca do controlo alimentar que este local tem, a Redacção 2.3 ficou a saber que é regularmente visitado por uma empresa especializada em inspecção alimentar.

Apesar das garantias dadas pelos Serviços de Acção Social de que a alimentação proporcionada pelas cantinas é a mais saudável, nem sempre são os refeitórios as primeiras opções dos alunos. Porque a vida académica exige muito tempo, a preocupação com uma alimentação saudável é desvalorizada, recaindo a escolha para as refeições mais rápidas e menos saudáveis.

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